Vendas do comércio crescem pelo 3º mês seguido e fecham o 1º trimestre com alta de 1,6%
Avanço de 1% no mês de março coloca o setor varejista em patamar 2,6% acima do período pré-pandemia, mostra IBGE.
O volume de vendas do comércio varejista cresceu pelo terceiro mês consecutivo em março e fez o setor encerrar o primeiro trimestre de 2022 com alta de 1,6%, na comparação com os três meses anteriores, apontam dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a variação de 1% apresentada pela PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) em março, na comparação com fevereiro, o setor figura 2,6% acima do patamar pré-pandemia, mas ainda abaixo do pico da série, alcançado em outubro de 2020.
Os dados mostram também que o segmento apresentou desemprenho 4% melhor do que o apurado no mesmo mês do ano passado e acumula resultado trimestral 1,3% maior do que o do acumulado nos três primeiros meses de 2021.
Para Cristiano Santos, gerente responsável pela pesquisa, a terceira alta consecutiva do setor chama a atenção, já que isso não acontecia desde o período compreendido entre maio e outubro de 2020, quando houve a recuperação do comércio após as grandes quedas registradas no auge da pandemia de Covid-19.
“Esses três meses de alta significam um trimestre forte, embora os crescimentos ainda não sejam homogêneos entre todas as atividades”, avalia Cristiano ao ressaltar que seis segmentos ainda estão abaixo do nível pré-pandemia.
Na passagem de fevereiro para março, seis das oito atividades apresentaram alta. Destaque para o desempenho de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e para outros artigos de uso pessoal e doméstico, com altas de 13,9% e 3,4%, respectivamente.
Sobre os artigos de uso pessoal e doméstico, Cristiano explica que houve boa contribuição das lojas de departamentos. “As grandes varejistas começaram a ensaiar uma retomada das lojas físicas, com expansão principalmente no Nordeste e no Norte, mas em todo o país”, explica ele.
Já no setor de material de escritório e informática, o movimento é de reposicionamento após alguns meses de queda. “Captaram-se grandes promoções, já que o dólar não valorizou ante o real no período. Com isso, artigos dessa natureza costumam ficar mais acessíveis”, afirma o pesquisador.
Outros setores que apresentaram alta em março foram livros, jornais, revistas e papelaria (+4,7%), combustíveis e lubrificantes (+0,4%), móveis e eletrodomésticos (+0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (+0,1%).
Por outro lado, duas atividades diminuíram o volume de vendas: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,9%).
Fonte: Portal/R7.COM