Greve do INSS passa dos 40 dias e acumula processos

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A pressão por melhores salários e realização de concurso público agrava mais ainda a situação, quando se junta à perda de 50% dos servidores, entre os anos de 2015 e 2022.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vive um momento de crise. A greve, que já chega a quase dois meses, somada à diminuição de servidores, vem provocando, a cada dia, acúmulo na análise dos pedidos de aposentadorias, auxílios, salário maternidade e BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Greve segue sem previsão de término (Foto: divulgação).

A revelação sobre a redução no quadro de pessoal da área previdenciária foi feita, nessa quinta-feira (14), durante audiência promovida pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público. O debate teve por objetivo avaliar a Medida Provisória (MP) 1113/22 que trata de mudanças administrativas no INSS na análise e concessão de benefícios para redução das filas.

O Governo Federal, ao anunciar a MP, revelou que, pelo menos, 762 mil segurados aguardavam perícia médica para obter benefícios, mas dados dos próprios servidores do INSS apontam que a fila chega a 1,7 milhão de processos atrasados.

Representante da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Thaize Antunes revelou que, “desde 2015, 50% dos servidores do INSS saíram do órgão por aposentadoria ou outros motivos”, afirma. E segundo Antunes, “o esvaziamento do quadro de pessoal deixou o INSS com pouco mais de 17 mil servidores para atender, em todo o Brasil, 113 milhões de segurados”, esclarece.

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