Novas formas de pagamento sem contato físico ganham popularidade no Brasil
Embora não tenham sido planejadas especificamente para a chegada da pandemia, com o avanço do coronavírus, algumas formas de pagamento caíram no gosto popular, mas exigem segurança.
Com a facilidade de transações bancárias, por meio do celular, o brasileiro passou a ter maior liberdade no que se refere a pagamentos e recebimentos online. As mais usadas hoje são o Pix e os cartões com aproximação. No entanto, aproveitar essas comodidades exige certas preocupações com segurança.
De acordo com Pedro Prudêncio, profissional da área de segurança de dados, é bom que a segurança esteja em alta nesses casos. Pedro é sócio de uma empresa fortalezense que atua no sistema financeiro, com clientes corporativos em todo o País e, também, fora do Brasil. Entre as dicas para se proteger de golpes no Pix e nos pagamentos por aproximação, está a redução do limite do Pix.
Muitas pessoas sequer sabem, mas transferências por Pix podem ter o valor máximo limitado. Habitualmente, os bancos liberam uma quantia muito acima do necessário para despesas cotidianas, e, portanto, “reduzir esse montante é uma boa estratégia para evitar dores de cabeça em caso de roubo, furto ou perda de um celular”, explica Prudêncio, e prossegue. “O procedimento varia de acordo com o aplicativo de pagamento, mas é sempre acessível pelo menu do Pix, o mesmo usado para fazer transferências e cadastrar novas chaves. Essa é a primeira indicação para se proteger nestes casos”, alerta.
Outra dica do profissional é manter aparelhos separados para o uso financeiro. A expressão “celular do Pix” vem ganhando popularidade, não por acaso: manter um smartphone em casa, apenas para realizar pagamentos mais altos, é uma maneira de evitar que criminosos consigam acesso a grandes valores.
O especialista diz que, no seu celular de uso cotidiano, há uma conta separada, em outra instituição, com limites de transferência baixos, e que sempre está com pouco saldo na conta. “O aparelho que concentra a maior parte do dinheiro, e é usado para pagamentos de maior valor, é o que fica em casa, e somente nele estão os aplicativos dos bancos principais”, reforça.
É importante, ainda, se atentar às questões de segurança do próprio aparelho. Prudêncio orienta sempre checar por atualizações, especialmente, as de segurança, e manter o celular sempre com a versão mais recente do sistema. Deste modo, golpes que se aproveitam de brechas mais antigas não terão sucesso.
A dica vale tanto para o perigo de vírus e outros programas maliciosos, quanto para o próprio uso físico do smartphone: sistemas mais antigos podem ter maneiras de burlar os mecanismos de segurança, como senhas, que não existem nas versões mais novas.
“Manter as opções de segurança sempre ativadas também ajuda a evitar problemas. Exigir biometria, por desbloqueio facial ou com impressões digitais, é uma maneira de garantir que apenas o dono do aparelho e pessoas autorizadas tenham acesso às transações no celular. Usar autenticação de dois fatores, também, auxilia nestes casos e, até mesmo, ajuda a evitar o roubo de contas em redes sociais e e-mail”, complementa Pedro Prudêncio.