Ceará tem 81,13% de seu território sem seca relativa de acordo com o ‘Monitor de Secas’
Os dados têm base em indicadores climáticos e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e longo prazo.
De acordo com o processo de acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil, o Monitor de Secas, referente ao mês de abril, o Ceará apresentou 81,13% do seu território sem seca relativa. Os dados têm base em indicadores climáticos e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e longo prazo.
Este é o melhor cenário no Estado desde o início da série histórica da ferramenta, desde julho de 2014. Até então, o mês com cenário mais positivo havia sido maio de 2020, quando o Ceará apresentou 79,18% da sua área sem seca relativa.
As condições atuais se dão, principalmente, pelas chuvas dos meses de março e abril, que colaboraram para redução dos índices de estiagem. Hoje, 18,87% do território apresenta seca fraca, sendo este percentual concentrado na porção central e a oeste do Estado, onde está situada a macrorregião do Sertão Central e Inhamuns.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as precipitações de março ficaram 30,6% acima da média e, no último mês, dentro da normalidade. Considerando a Quadra Chuvosa, que teve início em fevereiro e segue até o fim de maio, as precipitações encontram-se em torno da normal climatológica.
O pesquisador da Funceme Francisco Vasconcelos explica que apresentar maior parte do território sem seca relativa significa que o Estado passa por um período normal ou de superávit hídrico naquela porção. Porém, a situação hídrica segue em atenção. Atualmente, 57 dos 156 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) encontram-se com volume abaixo dos 30%. O Castanhão, maior açude para múltiplos usos do Estado, apresenta 22,59% da sua capacidade total.
Com informações da Funceme