Ceará segue com mais de 60% de leitos de UTI ativos para pacientes com covid
Com a diminuição de casos da doença, os leitos também têm sido utilizados para atendimento de outras enfermidades.
Atualmente, o Ceará conta com 837 UTI’s em funcionamento. O número corresponde a 62,1% dos 1.347 leitos criados no auge da pandemia do coronavírus. O Hospital Estadual Leonardo da Vinci (HELV), unidade de referência no atendimento de pacientes com Covid, está entre os hospitais que manteve os leitos de terapia intensiva ativos. O equipamento, que era da rede privada e estava desativado, foi requisitado pelo Governo do Ceará em março de 2020 e, atualmente, faz parte da rede estadual de saúde.
Com a retomada das cirurgias eletivas em fevereiro deste ano, tanto o HELV, quanto as outras unidades com UTI’s no Estado, estão recebendo estes pacientes. A ampliação também reflete na quantidade de municípios que atualmente contam com esses equipamentos, que passou de 4 para 20 cidades com leitos de UTI ativos. Conforme o secretário de Saúde do Ceará, Marcos Gadelha, a ampliação de leitos promove a descentralização e possibilita que atendimentos de maiores complexidades sejam realizados nesses hospitais.
“Não é possível fazer uma cirurgia mais complexa em um hospital que não tem leito de UTI, porque se o paciente complicar ele não pode ter leito de UTI. Quando você tem leito de UTI você pode também agregar cirurgias mais complexas naquele hospital e evitar que um paciente clínico que complique seja transferido para outro hospital ou transferido para Fortaleza”, diz Marcos Gadelha.
Ainda, segundo o secretário, esse plano de descentralização da oferta de leitos já estava ocorrendo, mas foi acelerado durante a pandemia e acabou gerando mais espaços de trabalho. “Ela [a pandemia] gerou espaços de trabalho para os profissionais de saúde, com a abertura desses leitos. Nós temos uma perspectiva maior, inclusive, com o hospital universitário, que vai ser inaugurado entre dezembro e janeiro; que irar gerar mais mercado de trabalho, mais leito de cirurgia eletiva, mais internamentos clínicos”, afirma o secretário de saúde.