Elon Musk pensa em armazenar o DNA humano em um sistema de computador

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O assunto foi falado pelo CEO da Tesla, da SpaceX e da Neuralink em uma discussão no Twitter sobre o tamanho do genoma humano e de alguns vírus, como o HIV.

O bilionário Elon Musk sabe que seria impossível armazenar, de forma integral, todas as informações genéticas da humanidade. Ainda mais, com as limitações, já tornadas públicas pelos cientistas, sobre o sequenciamento do genoma humano. Então, a ideia ventilada por Musk é de “encaixar as sequências de DNA de todos os humanos vivos em um sistema de armazenamento de dados bastante pequeno”, explica o CEO.

Sequenciamento do DNA humano ainda tem limitações (Foto: divulgação).

A história começou quando o bilionário perguntou qual seria o tamanho de um arquivo que contivesse o DNA humano, após ser comprimido. Segundo o editor sênior do MIT Technology Review, Antonio Regalado, o tamanho de armazenamento de um único genoma humano pode ser de 100 gigabytes. “Cada um dos 3,2 bilhões de pares de bases de DNA em um genoma humano pode ser codificado por dois bits — 800 megabytes no total. O tamanho real do armazenamento é mais de 100 gigabytes, devido a informações extras do sequenciamento”, detalha Regalado.

Apesar do tamanho do arquivo, o editor lembra que as diferenças entre o DNA de duas pessoas são bem menores. Essa diferença pode ser de, aproximadamente, 50 milhões de pares de bases; o que poderia ser armazenado em 10 megabytes. Nesse ponto, o editor sugere a compactação de apenas as diferenças entre os genomas.

“Este é um bom ponto. Pode-se, simplesmente, ter alguns genomas humanos de referência e codificar cada indivíduo com um delta de compressão sem perdas”, comenta Musk sobre a possibilidade de armazenar todo o genoma humano em um única plataforma.

Vale lembrar que, até hoje, nada parecido com isso foi feito no campo da ciência. Inclusive, o acesso ao sequenciamento completo do genoma ainda é muito restrito. Então, antes de concretizar a ideia, seria necessário que Musk desenvolvesse uma forma de sequenciar o DNA de toda a humanidade. Algo que, hoje, é bem distante da realidade. Assim como viagens civis à marte.

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