Itamaraty confirma morte de brasileiro que foi para guerra na Ucrânia
Natural de Porto Alegre, André Luis Hack Bahi tinha 44 anos e integrava a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou, nesta quinta-feira (9/6), que o brasileiro André Luis Hack Bahi (foto em destaque), de 44 anos, que estava na guerra na Ucrânia, morreu no país europeu.
Em comunicado (leia, abaixo, a íntegra da nota), o Itamaraty anunciou que o brasileiro, que era socorrista, faleceu “em decorrência do conflito naquele país”. O ministério declarou que “mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”.
A família de Hack, natural de Porto Alegre, informou que ele teria morrido em 4 de junho, durante um combate.
Na Europa desde fevereiro, André Luis Hack Bahi integrava a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. Segundo a família, o brasileiro, pai de sete filhos, serviu no Exército do Brasil e trabalhou como socorrista em Porto Alegre, onde nasceu. Depois, Hack participou de uma missão militar na Costa do Marfim.
De acordo com Letícia Hack Bahi, irmã do socorrista, um amigo próximo que também estava na Ucrânia relatou que o brasileiro teria socorrido duas pessoas e seguido em direção a um fogo cruzado durante missão em uma área bombardeada. Desde então, ele não foi mais visto.
Ainda segundo a irmã, a última vez que a família teve contato com André foi em 8 de maio. “Ele felicitou no Dia das Mães, estava bem feliz vendo os pais, mesmo por ligação de vídeo”, detalhou.
Após ser identificado, o corpo de Hack será transferido para o Brasil e, de acordo com a família, deve ser cremado. As cinzas serão jogadas em Quixadá, no Ceará, onde André morava.
Leia a íntegra da nota do Itamaraty:
“O Ministério das Relações Exteriores recebeu, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, confirmação do falecimento de nacional brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país e mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.
Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty continua a desaconselhar enfaticamente deslocamentos de brasileiros à Ucrânia, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.
Ressalte-se que, em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no Decreto nº 7.724/2012, mais informações poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos ou de seus familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.”
Fonte: Metrópoles