Fachin e a colaboração com o narcotráfico

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Não é a primeira vez que um membro da alta corte judicial é associado ao crime organizado. Se Alexandre de Moraes teve seu nome ligado ao PCC, por sua atuação como advogado de uma cooperativa que tinha supostos laços com a facção paulista, agora é o presidente do TSE que foi “parabenizado” por ter colaborado com o narcotráfico do Rio de Janeiro. A frase foi proferida pelo presidente Bolsonaro diante de uma plateia de empresários nesta terça-feira (14/6). Mais cedo, no mesmo dia, Fachin tinha se referido ao presidente da República sem lhe citar o nome, falando em erro ou desinformação de “alta autoridade da República”.

ATRITO – Os ministros do STF perderam as estribeiras ao falar pelos cotovelos. Há bom motivo para que ministros restrinjam suas falas aos autos. Toffoli já disse que o STF é poder moderador, Barroso já insinuou que o presidente é um mau que precisa ser vencido. Carmen Lúcia ressuscitou o Cala Boca. Barroso insultou as Forças Armadas e o Fachin disse que a missão era das forças desarmadas.

ROCOCÓ – O ministro Luiz Roberto Barroco, que se diz iluminista, lembrando o movimento europeu do século XVIII, viaja ao século anterior para apresentar um discurso rebuscado e balofo para insultar as Forças Armadas. Mas manteve silêncio obsequioso depois que o ministro da Defesa o chamou de leviano. Só veio a levantar a voz agora para processar o ex-senador Malta que o acusou de bater em mulher.

FRAQUINHO – O presidente sainte do TSE é voz condoreira na defesa das urnas e contra Bolsonaro. Mas seu passado de militância política o fragiliza e o torna alvo fácil: “Foi ele que colocou Lula para fora da cadeia. [Há um candidato por quem] ele tem mais que simpatia, deve favores”. Nessas horas, pululam os videos em que ele faz campanha para Dilma. E sobressai o dilema: político ministro ou ministro político?

BANDIDOS – Fachin proibiu a Polícia de atuar nos morros do Rio de Janeiro, numa clara intervenção no governo estadual e estabelecendo política pública, prerrogativa de quem tem mandato e no Executivo. O Rio tornou-se refúgio dos chefões do narcotráfico que se sentem blindados com a inoperância policial imposta pelo STF. Parabéns, Fachin, por colaborar com o narcotráfico.

OPOSIÇÃO – Foi preciso o decano Gilmar Mendes tentar dar um freio de arrumação: “O STF não é um partido de oposição”. Deve ter falado ao vento. Barroso voltou a dar as caras, dando prazo para que Bolsonaro tome as devidas providências para solucionar o caso dos desaparecidos no Amazonas. A mesma corte que impede a PM de subir o morro, quer as FA no mato.

MIOU – O rugido leonino de Fachin ao altear a voz contra as Forças Armadas, quando disparou petardos retóricos contra os militares, virou um miado. Quando confrontado com a réplica do general de Exército Paulo Sérgio Nogueira, da Defesa, deu uma de gatinho enamorado, a enaltecer a corporação, por quem tem “elevada consideração”. Nem de longe lembrava o comandante em chefe das forças desarmadas.

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