União Europeia alerta sobre possíveis multas a grandes corporações de comunicação ao utilizarem deepfake

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As chamadas Big Techs, como Google, Meta, Twitter, e TikTok, deverão ter um forte embate contra perfis falsos e deepfakes nos próximos meses.

A União Europeia, bloco econômico formado por 27 países do continente, orienta que, caso não ocorra uma busca ativa por perfis e conteúdos falsos, as empresas poderão ser multadas em até 6% do faturamento global. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters e descoberta, por meio de um documento interno da UE.

Deepfake virou moda na internet (Foto: divulgação).

A publicação atesta que as companhias precisam “adotar, reforçar e implementar políticas claras sobre comportamentos e práticas de manipulação inadmissíveis em seus serviços, com base nas evidências mais recentes sobre as condutas e táticas, técnicas e procedimentos empregados por atores maliciosos”, afirma o documento.

O principal combate deve ser contra as deepfakes (em que se altera o rosto de alguém em um vídeo ou foto por meio de softwares) e os perfis falsos. Assim que assinado o acordo, as empresas terão seis meses para implementar as medidas. Não é a primeira vez que a União Europeia cria regras para combater a desinformação. Um código regulatório voluntário iniciado em 2018 serve como diretriz compartilhada entre o bloco, os países-membro e as redes sociais.

A atualização deve ser publicada na quinta-feira (16), de acordo com a Reuters. Ela estará alinhada com as novas regras estabelecidas na Lei de Serviços Digitais, aprovada em abril. O projeto foi proposto como uma melhoria na defesa dos direitos fundamentais dos usuários no mundo online. Em entrevista para a agência, o secretário industrial da União, Thierry Breton, diz que “do Brexit à guerra russa contra a Ucrânia, ao longo dos anos, redes sociais bem conhecidas têm permitido a disseminação de estratégias de desinformação e desestabilização e até mesmo ganhado dinheiro com isso. A desinformação não pode continuar sendo uma fonte de receita”

O secretário finaliza, destacando que “o melhor antídoto é cortar o financiamento dessas empresas. As plataformas não podem mais receber um único euro com a disseminação de desinformação. Desmonetização é um ponto importante do código de práticas contra a desinformação”, conclui.

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