Preços dos combustíveis seguem defasados apesar do reajuste, diz Ativa
O mercado reage às últimas notícias relacionadas à Petrobras, como o aumento de preços dos combustíveis anunciado pela empresa na sexta-feira e a renúncia do presidente da companhia na manhã de hoje e um possível aumento na tributação do setor.
A Ativa Investimentos aponta que a renúncia do atual presidente já era prevista pelo mercado e que, mesmo com os aumentos anunciados sexta-feira e aplicados no sábado para a gasolina e o diesel, o preço praticado pela petrolífera em suas refinarias ainda está abaixo do visto internacionalmente e deverá continuar apresentando relativo grau de defasagem durante a próxima gestão.
Para a Ativa, a saída do atual presidente deve baixar a pressão que vem se registrando sobre a companhia nas últimas semanas e tomou maior proporção na sexta-feira, quando propostas como a tributação de exportação de petróleo cru e a abertura de uma CPI foram aventadas.
Em outra análise, o BTG Pactual expressa certa preocupação diante dos ataques à empresa por vários membros do governo e que o aumento dos impostos sobre o lucro da Petrobras, cogitado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira,a fim de financiar um subsídio de combustível devem impactar todo o setor de Óleo e Gás. “Se o imposto dobrar de 9% para 18%, esperamos reduções no lucro líquido de 14%, 14% e 11% para Petrobras, PetroRio e 3R Petroleum”, diz a BTG. Esses impactos pressupõem um preço do Brent de US$ 100/bbl e uma taxa de câmbio de R$ 5,0/US$
“A ressalva é que o imposto mais alto, caso o projeto seja aprovado, só começaria a ser coletado três meses após a aprovação, o que significa que dificilmente afetaria os consumidores pré-eleições, reduzindo seu apelo ao Congresso”, diz a análise da BTG.
Fonte: CMA