Suprema Corte decide pelo fim do direito ao aborto nos EUA
Na mesma semana que uma juíza brasileira decide por manter a gravidez de uma criança de 11 anos, nos Estados Unidos é tomada a decisão por dar um fim no direito do aborto legal.
Nesta sexta-feira (24), a Suprema Corte dos EUA decidiu pelo fim do direito ao aborto no país. Assim, cada um dos 50 estados fica livre para adotar vetos locais.
Diante do pronunciamento, manifestantes protestam em frente a Suprema Corte dos Estados Unidos contra a derrubada da lei federal que garante o aborto no país. Durante o protesto, manifestantes afirmam que a decisão fere a Constituição norte-americana e que é um retrocesso.
O Presidente Joe Biden questionou o veredito e em discurso na Casa Branca, pronunciou que ainda lutará para garantir que mulheres optantes pelo aborto tenham o direito de viajar para outros estados e tenham acesso a medicamentos (que geralmente são enviados pelo correio). Ele afirma que esta decisão mostra “o quão extremista é a maioria conservadora da Suprema Corte”.
Para este decreto, a Corte considerou como válida uma lei criada no estado do Mississipi, de 2018, que veta a interrupção da gravidez após a 15ª semana de gestação, mesmo em casos de estupro. De acordo com informações cedidas pelo Metrópoles, estima-se que 26 estados proíbam o aborto imediatamente, ou assim que possível, tornando a interrupção da gravidez ilegal na maior parte do sul e centro-oeste dos Estados Unidos.
A proibição faz da nação uma das quatro que reverteram os direitos ao aborto desde 1994.