Daiane dos Santos desabafa sobre racismo: ‘Erva daninha’
Na noite de quinta-feira, 30 de junho, Daiane dos Santos participou do programa “Faustão na Band”. Na atração, a ex-atleta olímpica falou de um assunto muito polêmico e triste: o racismo.
Quando comentou com Faustão que seu tom de pele influenciou na hora de um trabalho, ela lamentou que, nos tempos de hoje, ainda haja esse tipo de preconceito na cabeça das pessoas.
““O preconceito é uma erva daninha que queremos abolir do mundo. Estamos no mês de junho, da diversidade. Vemos isso e também uma onda frequente de casos de preconceito racial no esporte, que muitas vezes terminam com a impunidade. Mas as pessoas têm falado, não têm se calado. Com certeza vamos reverter esse quadro até acabar”, desabafou.
MUDANÇAS
Fausto Silva perguntou para Daiane se algo mudou no mundo olímpico, de uns tempos para cá.
“Vimos isso no ano passado, nos Jogos Olímpicos. O esporte é uma vitrine: na verdade, esse resultado da luta feminina vem acontecendo em todas as áreas. Tanto é que temos mulheres maravilhosas nos representando”, respondeu Daiane.
REVERTER O QUADRO
Daiane também acredita que, juntos, todos podemos fazer uma reversão deste quadro, pois muita gente tem aberto a boca e falado do assunto.
“As pessoas têm falado muito, não têm se calado, e a gente vai conseguir reverter sim esse quadro. A gente com certeza vai conseguir acabar com o preconceito, até porque a gente é 56%, quase 60% de pessoas negras, de pessoas pretas aqui e a gente ainda tem casos como esse acontecendo na história”, finalizou.
PIQUET X HAMILTON
A repercussão das falas de cunho racista, ditas por Nelson Piquet, fez com que Lewis Hamilton se manifestasse sobre o assunto. Em um vídeo, o ex-ploto de F-1 chamava o inglês de “neguinho” durante uma entrevista. Nesta terça-feira, 28 de junho, o heptacampeão, em português, comentou o assunto.
“Vamos focar em mudar a realidade”, escreveu.
Em seguida, o piloto da Mercedes disse que casos como esse refletem “mentalidade arcaica” e que “chegou a hora da ação” diante de atitudes como a de Piquet.
“É mais do que linguagem. Essas são mentalidades arcaicas que precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Fui cercado por essas atitudes e alvo de minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação”, publicou Lewis Hamilton.
Vale destacar que, no Brasil, ocorre crime de racismo quando há ofensa à dignidade de alguém, com base em elementos referentes à sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência, com pena que pode ir de 1 a 3 anos de reclusão.
R.O
Fonte- O fuxico