Mais um atentado contra Bolsonaro
A troca de tiros entre dois policiais, que resultou na morte de um deles, é mais um atentado contra o presidente Bolsonaro, que vem sofrendo esse tipo de violência desde que foi cuspido no rosto pelo então deputado Jean Wills, sem demonstrar reação. Depois sofreu uma facada, que quase o leva para o Eterno. Sobreviveu tendo que conviver com as teorias negacionistas de que a facada seria encenação. A aleivosia bailou até nos lábios encachaçados de um ex-prisioneiro. Uma série de atos violentos e antidemocráticos foi desferida por ministros do STF, chegando a ser chamado de nazista. Querem enredá-lo até no assassinato de Marielly, de quem todos querem saber o mandante, mas não do de Celso Daniel e da fila de assassinatos que se seguiu.
A tragédia que envolveu três policiais (penal, municipal e civil) é lamentável sob vários aspectos, mas explorá-la politicamente é coisa de quem gosta de tirar proveito de cadáveres, hobby comum de políticos da esquerda, pelo menos no Brasil. Vide a pandemia, a morte do jornalista e do indigenista em Javari. Hienas do submundo da política sentem prazer nesse tipo de exploração, inquietando os mortos e os que lhe prateiam. Não respeitam a memória dos que foram nem a dor dos que ficaram.
Neste caso de Foz de Iguaçu, houve um tiro que acertou a imprensa. Abriu mão da apuração e da objetividade, talvez na corrida por clicks e audiência. Publicaram apenas o vídeo do momento do tiroteio. Coube ao Metrópole, com outras filmagens, repor a narrativa. Começou com uma agressão, por pedradas, contra o carro do policial penal, que sacou sua arma para se defender. Foi colocar esposa e criança em segurança e voltou para se vingar.
O encontro dos dois, que foi o estopim das desavenças, pode estar na música do carro de um (pró-Bolsonaro) e no tema de aniversário do outro. Mas a confusão só escalou a níveis trágicos a partir das pedradas. O confronto verbal passou para o físico. O macho, agredido em sua honra ao lado da família, agiu como animal vingativo. Todos estavam armados. O assassino não agiu de surpresa, até avisou que voltaria.
As imagens mostram a sequência muito claramente, derrubando mentiras que se avolumaram desde então. Quando o policial penal chegou, o guarda municipal estava do lado de fora, com arma na mão e correu para dentro do estabelecimento. O outro parou, desceu do carro e, só então, sacou da arma, passou a atirar e saiu em perseguição até atingir a vítima, que revidou e o fez tombar perto da porta.
Havia mais animais presentes, aqueles que passaram a golpear o corpo de quem já estava inconsciente deitado no chão. Covardes. Bravura mesmo veio da mulher da vítima, a guarda civil. Postou-se na linha de tiro, tentou derrubar o agressor, e o fez mudar de foco, dando tempo ao marido reagir com cinco tiros. Retire a música e as cores vermelhas do cenário, e teremos mais um crime banal, passional, tão lamentável quanto frequente país afora.
Fogo cerrado sob densa neblina é o título de uma peça do piauiense Zaza Sampaio. Parece traduzir a situação do presidente. Os balaços partem do STF, da imprensa e da oposição. Tudo é culpa do Bolsonaro, da carestia ao mapa da fome. Do desaparecimento de personalidades ao aparecimento de vírus. A imprensa parece ter um só objetivo: primeiro, nós derrubamos Bolsonaro, depois nós voltamos a fazer jornalismo.