Planalto escala Braga Netto para coordenação da campanha de Bolsonaro
O general da reserva e ex-ministro da Defesa é o escolhido de Bolsonaro para disputar a vice-presidência nas eleições deste ano.
Nome já anunciado como vice na chapa à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o general da reserva e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto (PL) foi escalado para a função de coordenador operacional da futura campanha do presidente. Braga Netto foi convocado para a tarefa pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que formam o núcleo duro da campanha governista.
As mudanças na estrutura concebidas por Valdemar e Flávio decorrem da avaliação de que havia um vácuo na interlocução entre a comunicação da campanha e o Palácio do Planalto.
O ex-secretário Especial de Comunicação Social (Secom) do Ministério das Comunicações Fabio Wajngarten também foi incorporado ao grupo para ajudar a unificar a narrativa oficial, abrir pontes com a imprensa e destravar gargalos operacionais, segundo apurou a reportagem com integrantes do núcleo duro da campanha.
Pelo modelo em vigor, a rotina do núcleo central da campanha é tocada por Valdemar, Flávio, José Trabulo, nome indicado por Ciro Nogueira do Progressistas, Wajngarten, Braga Netto e o marqueteiro do PL, Duda Lima. O vereador Carlos Bolsonaro cuida das redes sociais do presidente e opera na base ideológica do bolsonarismo.
O núcleo de Carlos, porém, atua de forma independente e às vezes se choca com a máquina oficial. Ligado a família Bolsonaro, o publicitário Sergio Lima será a ponte com Carlos Bolsonaro nas estratégias digitais.
Com a chegada de Braga Netto, o conselho de comunicação liderado por Flávio Bolsonaro ganhou força e acesso direto ao presidente. É nessa frente que são formatadas as estratégias e narrativas do presidente, como a decisão de pressionar os governadores a baixar o ICMS dos combustíveis.
A chefia da campanha está agora reunindo números e estatísticas sobre inflação e a pobreza no mundo para comparar com a realidade brasileira.
Fonte: CartaCapital