China prepara missão rumo a asteroide próximo da Terra

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A ideia da missão é observar o corpo celeste 2020 PN1e desviar a trajetória da rocha espacial.

A missão tem lançamento estimado para 2026, a bordo de um foguete Long March 3B, e seus detalhes foram divulgados por Long Lehao, designer chefe da série de foguetes Long March. O 2020 PN1 foi descoberto em 2020, e parece ter cerca 40 m de diâmetro. Em uma apresentação, Long sugeriu que a missão irá incluir uma nave projetada especialmente para se chocar contra o asteroide, enquanto outra irá observar a rocha espacial.

Foto: divulgação.

Se a descrição da missão soa familiar, é porque ela parece combinar os elementos principais das missões DART e HERA, da NASA e da Agência Espacial Europeia, respectivamente. A DART irá se chocar contra a Dimorphos, uma pequena lua orbitando o asteroide Didymos, com objetivo de mudar sua órbita. Já a HERA irá observar as rochas espaciais no fim da década, com o objetivo de analisar os efeitos da colisão.

Enviar uma espaçonave para impactar um asteroide e mudar sua trajetória é uma das estratégias propostas para impedir uma colisão com nosso planeta. A ideia é que, desde que a rocha seja detectada com antecedência suficiente, um pequeno “empurrão” pode ser o bastante para causar um efeito significativo em sua órbita, a longo prazo, e neutralizar a ameaça.

Os cientistas dizem que, tanto o asteríde Didymos, quanto a lua Dimorphos, além do 2020 PN1, são completamente inofensivos para nós. Por isso, são candidatos ideais para um teste.

Em sua fala, Long também relembrou futuras missões de exploração da China, como a Tianwen-2 e a Tianwen -3. “A primeira, planeja coletar e trazer amostras de um asteroide próximo da Terra, e a segunda, será destinada à coleta de amostras em Marte e ao envio de naves espaciais com destino ao sistema de Júpiter”, conclui.

Long reforça, ainda, que os planos que a China tem para o futuro não estão distantes. “Até 2030, planejamos levar uma dupla de astronautas à Lua. Estamos trabalhando em foguetes lançadores alimentados por metano líquido e oxigênio, que serão reutilizáveis”, adianta.

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