Suspeito de agredir e cortar dedo da ex-companheira durante cárcere privado é preso no Interior
Jovem de 19 anos era mantida em cárcere junto com o filho, um bebê de ano e nove meses.
Um homem de 39 anos foi preso nesta quarta-feira em Quiterianópolis, no interior do Ceará, suspeito de ameaçar e de manter em cárcere de privado a ex-companheira, de 19 anos, e seu próprio filho, um bebê de um ano e nove meses, em uma residência na zona rural do município.
A vìtima era ameaçada, sofreu diversas lesões e chegou a dormir no matagal durante a gravidez para tentar fugir do agressor.
As investigações tiveram início após a vítima conseguir fugir do imóvel e registrar um boletim de ocorrência. Ela solicitou medidas protetivas para ela e para a criança, segundo esclareceu a delegada de Quiterianópolis, Karina Albuquerque.
“O conhecimento da polícia, a princípio, foi pela medida protetiva. A gente pediu os efeitos da extensão ao bebê, e ao resgatarmos a criança tivemos a real ciência do terror que a vítima sofria, entre várias lesões, várias ameaças de morte, então não tivemos dúvidas e representamos pela prisão preventiva”, disse a delegada.
Os policiais civis também tomaram conhecimento de que o suspeito ameaçava matar o próprio filho caso a mãe da criança denunciasse as violências físicas e psicológicas e o cárcere privado. Segundo a polícia, ele dormia com um facão ao lado para intimidar a mulher.
O suspeito se aproveitava do local isolado, próximo ao município de Independência, para espancar a mulher. Ela era proibida de ter contato com familiares e vizinhos. Além disso, conforme a investigação, o homem extorquia a mãe da vítima pedindo dinheiro para que ela não fosse ainda mais agredida.
A polícia disse, ainda, que a mulher chegou a ter um dedo cortado com uma faca, a ser derrubada da cama com seis dias de puerpério. Ela precisou dormir na mata com oito meses de gravidez para fugir das agressões do ex-companheiro.
Após ser capturado, o suspeito foi conduzido para a Delegacia Municipal de Quiterianópolis, onde as ordens judiciais foram cumpridas, e agora permanece à disposição da Justiça.
Fonte: Diáriodonordeste