Forças Armadas na defesa das eleições
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, coloca as Forças Armadas em defesa das eleições. O militar explanou a situação dos fardados em relação processo eleitoral durante audiência na Comissão de Fiscalização do Senado, nesta quinta-feira (14). Convite também foi feito ao presidente do TSE, Edson Fachin, que deu uma desculpa qualquer para não comparecer. Levado pelo ministro da Defesa, o coronel Marcelo Nogueira elogiou os esforços de segurança da corte eleitoral quanto às ameaças externas, mas disse não ter como comprovar que estaria imune aos ataques internos. Isto é, ações maliciosas por pessoas do próprio tribunal ou de empresas terceirizadas.
Entre tantas sugestões apresentadas pelas Forças, três delas são consideradas essenciais pelos militares: teste de integridade das urnas nas mesmas condições de votação, teste público de segurança no modelo mais recente e auditoria por outras entidades. Segundo Nogueira, o TSE não respondeu também a sugestão de uma reunião de técnicos militares com os do TSE.
O TSE tenta explicar dizendo que já faz o que os militares estão propondo, mas é bem diferente. As Forças Armadas, na verdade, propõem, para teste, uma votação paralela, com cédula de papel, nas mesmas urnas depois da votação, com eleitores voluntários. A imprensa, alinhada com os argumentos do TSE, diz que não há indício de fraude. Mesmo que fosse, qual seria o problema em aperfeiçoar o sistema e aumentar a segurança?
Apesar da insistência de ministros do TSE, os técnicos militares afirmam que há vulnerabilidade nas urnas. Mas o que tem a ver milicos com eleições, não seria se imiscuir em tarefas alheias? Não deveriam continuar quietas no seu cantinho? Elas foram demandas pelo próprio tribunal. Não fariam papel secundário. “Quando somos chamados a alguma missão, a gente vai fundo”, disse o general.
Em todas as matérias sobre o fato, os jornais citam recente auditoria do TCU, que teria atestado a higidez do sistema, que estaria conforme os parâmetros internacionais. Como assim? Ninguém usa essas urnas. Vá lá, Bangladesh e Butão. Isto é, não há parâmetros. Além do mais, atestou a capacidade de resolver contingências, não passaram nem perto do que disseram os militares.
Chamou a atenção a ausência de Edson Fachin. O ministro boquirroto, que aparece nos mais diversos eventos com discursos balofos, não pode comparecer ao Senado. Ministros do STF atravessam os mares para falar mal dos país na Europa e na América, mas não conseguem atravessar a Praça dos Três Poderes para prestar contas ao povo brasileiro, representado no Congresso.
Quando da votação da PEC do voto auditável, ministros do STF foram ao Congresso pressionar líderes partidários a votar contra a proposta. Isso se configura ato político, proibido a eles. Mas na hora do contraditório, os iluminados ministros preferem as trevas do não debate. Tudo muito estranho. O que ficou claro é que as Forças Armadas estão em defesa do processo eleitoral para que não haja fraudes.