Micro e pequenas empresas e a cibersegurança
Especialistas afirmam que os proprietários de empresas com esse perfil devem estar em sintonia com as exigências do mercado.
É inegável que a segurança dos dados de qualquer companhia – de todos os ramos e portes -, bem como de seus clientes e fornecedores, deve ser tratada de forma estratégica, pois é um item fundamental do negócio. Estatísticas confirmam esta necessidade. De acordo com a pesquisa “Barômetro da Segurança Digital”, feita pelo Instituto Datafolha, 57% das empresas brasileiras de educação, finanças e seguros, tecnologia e telecom, saúde e varejo são alvo de fraudes e ataques digitais com média ou alta frequência – porém, apenas 32% delas possuem uma área de cibersegurança. Além disso, 39% das empresas pesquisadas não consideram os investimentos nessa área uma prioridade.
“Não se pode facilitar a atuação dos invasores. Muitas vezes os gestores de pequenos negócios não imaginam que são potenciais alvos de crimes virtuais e colocam informações importantes da empresa e dos clientes em risco. É fundamental prevenir e evitar o extravio de dados, que podem afetar a imagem e o futuro da companhia”, observa Alberto Jorge, CEO da Trust Control.
Para garantir a preservação do patrimônio virtual da empresa, é necessário investir em diferentes soluções, como criptografia de dados, antivírus, proteção de firewall, backups e, acima de tudo, na criação de uma política de segurança da informação e treinamentos de conscientização de colaboradores.
“No fim das contas, as principais vítimas do vazamento de dados não são as empresas, mas os clientes, que podem ter informações pessoais compartilhadas em grupos de criminosos, os quais atuam no ambiente virtual. Já houve casos de companhias varejistas terem dados de seus clientes vazados e sua reputação manchada em razão do ataque sofrido. No caso de uma micro ou pequena empresa, o problema pode comprometer seriamente a continuidade do negócio”, alerta Alberto Jorge, CEO da Trust Control.
Para o especialista, a adoção de medidas preventivas é a melhor saída. Para isso, é necessário que os gestores reconheçam a importância de investir na segurança de dados. “O micro e pequeno empresário deve utilizar todos os recursos possíveis, a exemplo de consultorias, implantação de um setor de TI ou contratar uma empresa especializada para auxiliar o gestor e a equipe. É muito importante receber orientações de um especialista, para que a segurança no ambiente virtual esteja garantida, com ferramentas e soluções adequadas para o ramo de atuação da empresa”, ressalta Alberto Jorge.
O CEO da Trust Control explica que dentre as principais recomendações de segurança para Micro e Pequenas Empresas na internet estão: “usar senhas exclusivas e fortes, que não estejam ligadas a datas ou nomes de pessoas; evitar acessar contas comerciais usando redes Wi-Fi públicas; redobrar os cuidados com e-mails suspeitos e vindos de desconhecidos; instalar um software antivírus e atualizá-lo constantemente; treinar os funcionários em cibersegurança, além de fazer backup dos dados da empresa”, reforça.