Empreendedorismo feminino é uma das saídas para ciclo de violência
Secretária da Mulher é entrevistada no programa Brasil em Pauta.
As mulheres já representam 34% dos empreendedores no Brasil e o índice continua em alta. É o que mostra um estudo do Sebrae, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE. Abrir o próprio negócio é uma alternativa para alcançar a independência feminina, especialmente nos casos em que mulheres são expostas à violência doméstica.
No próximo dia 7 de agosto, a Lei Maria da Penha completa 16 anos e a data será marcada pelo Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Principal instrumento de garantia dos direitos da mulher no país, a lei prevê, além de dispositivos mais rigorosos contra crimes cometidos no ambiente familiar, ações que promovam a dignidade da mulher.
“Quando a mulher está numa situação de debilidade econômica, dependência economia, a dignidade dela também está ferida”, afirmou a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Ana Lúcia Muñoz,
De acordo com uma pesquisa feita pela Serasa Experian, divulgada em maio deste ano, 40% das entrevistadas desejam trabalhar por conta própria e montar uma empresa. O principal motivo: busca pela independência financeira.
O programa nacional Brasil pra Elas é um exemplo de política pública que oferece oportunidades a mulheres que querem empreender. A iniciativa reúne desde qualificação profissional, orientações de como abrir uma empresa, dicas de como promover o negócio no meio digital até opções de linhas de créditos em bancos públicos.
Outro projeto que vai ao encontro das ações de garantia de direitos das mulheres, da Lei Maria da Penha, é o da Casa da Mulher Brasileira, mencionado durante a entrevista. Inicialmente para capitais, as casas de atendimento a vítimas de violência doméstica foram remodeladas.
Agora, a ideia do Governo Federal é implementar mais unidades no interior do país. Ao todo, a previsão é de que mais 30 espaços sejam implementados, atualmente existem apenas sete.
A secretária também destacou ações de voluntariado do programa Mães do Brasil. Uma das vertentes da iniciativa é a criação de redes de apoio entre mães voluntárias e mães em situação de vulnerabilidade. A ideia é que sejam feitos encontros entre elas, uma vez por mês, para troca de experiências.
“Isso traz uma diferença. A diferença de um conselho na hora da mãe aprender a amamentar, pensar em qual escolha, como auxiliar na rotina de casa”, explicou Muñoz.
Fonte: Agência Brasil