Casos confirmados de dengue no Ceará crescem 63% em menos de um mês
O levantamento é do Boletim de Arboviroses do Estado publicado pela Secretaria da Saúde.
O documento mais recente da Sesa aponta que, entre as semanas epidemiológicas 23 e 27, no intervalo de 11 de junho a 9 de julho, os diagnósticos da doença saltaram de 12,6 mil para 20,7 mil. No mesmo período, as mortes também aumentaram de seis para 10, alta de 66%.
Apesar do crescimento da dengue, a arbovirose predominante no Estado continua sendo a chikungunya, com 26,3 mil confirmações. Entre junho e julho, o aumento nos casos foi de 46%. Já as mortes cresceram cerca de 43%, indo de 16 para 23 registros. Em relação ao zika vírus, o quadro é bem mais confortável, com apenas 32 casos e nenhuma morte confirmada, até a data de fechamento do boletim.
No acumulado do ano, o Ceará soma 125,7 mil notificações suspeitas de arboviroses, sendo 69,1 mil casos de dengue, 55 mil de chikungunya e 1,5 mil de zika. Após processados os exames laboratoriais, foram confirmados pouco mais de 47 mil casos: 20,7 mil (dengue), 26,3 mil (chikungunya) e 32 (zika). Na comparação entre junho e julho, houve aumento de 29% nas notificações e de 53% no total de diagnósticos confirmados. O crescimento desacelerou em relação aos meses de abril e maio, quando as notificações subiram 87% e os casos positivos 165%.
De acordo com a secretária executiva de Vigilância em Saúde da Sesa, Sarah Mendes, a queda no ritmo de crescimento evidencia que o Estado já atravessou o pico de transmissões. “A gente já passou pelo período mais crítico, que é o primeiro quadrimestre. Neste ano, se estendeu um pouquinho mais por causa das chuvas”, explica. Ela ainda observa que, “com a diminuição das chuvas neste segundo semestre, a expectativa é que os indicadores caiam drasticamente”, pontua Sarah Mendes.
Ainda, segundo a secretária, “a tendência é que haja grande queda de casos nas próximas semanas. Lógico que a gente não pode deixar de manter os cuidados, porque se não o mosquito volta”, alerta, em referência ao Aedes aegypti, inseto transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Além do fator sazonal, a queda dos números também pode ser influenciada por maior adesão da população às medidas de prevenção ao mosquito. De acordo com o titular da Sesa, Marcos Gadelha, o Governo do Estado trabalha de modo conjunto com as prefeituras para intensificar as ações educativas. “Os agentes comunitários de saúde, nas visitas aos domicílios, têm como foco a orientação, no sentido de mostrar às pessoas como combater os criadouros do mosquito. O cuidado dentro de casa é fundamental para prevenir essas doenças”, ressalta o secretário.
Fonte: Sesa.