Fórmula 1: GP da Holanda garante licenças ambientais e permanece na F1 até 2023
Entidades contestavam permissão para realização da prova.
Autoridades holandesas asseguraram, até segunda ordem, a validade das licenças ambientais necessárias para a realização do Grande Prêmio da Holanda. A prova tem contrato com a Fórmula 1 até a temporada 2023.
Diversas organizações do País tentavam a suspensão temporária da licença do circuito de Zandvoort. Em abril, um tribunal da cidade de Haarlem já havia dado ganho de causa em primeira instância aos responsáveis pela prova. Uma das entidades, a MOB (Mobilization for the Environment) alega que a realização da corrida provoca mais danos à natureza protegida ao redor do circuito, do que mostram os cálculos da organização.
No entanto, o Conselho de Estado (uma das principais entidades políticas da Holanda, formada por membros da família real e por representantes da sociedade civil de diversas áreas) avaliou que o circuito de Zandvoort já faz “investimentos significativos” no terreno e na infraestrutura ao redor.
Segundo os integrantes do conselho, os números apresentados, até aqui, pelas entidades, não são suficientes para questionar o cálculo. Assim, o traçado foi liberado para realizar eventos e atividades, pelo menos, até o fim de 2023.
Segundo Robert van Overdijk, diretor do circuito de Zandvoort, o alvará atual faz diversas restrições ao funcionamento da pista, que proíbe, por exemplo, o aumento na deposição de nitrogênio no meio ambiente da região. O dirigente se disse disposto, ainda, a manter o diálogo com organizações ambientais “sobre os planos de longo prazo do circuito e seu impacto no meio ambiente”.
“Estamos mais uma vez satisfeitos que o Conselho de Estado também reconheça que o Executivo da província da Holanda do Norte (onde fica o circuito de Zandvoort) e todas as partes envolvidas agiram cuidadosamente a esse respeito”, afirmou, ainda, Overdjk, ao De Telegraaf.
“É bom relatar que, com o Grande Prêmio da Holanda, estamos intrinsecamente motivados para nos tornarmos mais sustentáveis. Os passos que já demos como circuito e como organização do Grande Prêmio da Holanda, por exemplo, nosso plano de mobilidade bem-sucedido e a infraestrutura de transporte público amplamente aprimorada, são um bom exemplo disso. Nenhum de nossos visitantes regulares chegará à F1 em Zandvoort, em 2022 de carro”, acrescentou.
Fonte: Lance