Vacinação durante a gestação tem garantido saúde de mães e bebês

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Órgãos de saúde afirmam que, quando uma grávida se vacina, ela protege a si e ao filho, além da garantia de saúde nos primeiros meses de vida da criança.

“A imunização materna consiste em vacinar a mãe para que os anticorpos produzidos na gestação atravessem a placenta e protejam o feto e o recém-nascido, até que o calendário básico de vacinação da criança esteja cumprido; o que se dá por volta dos seis meses de idade”, reforça Évelyn Traina, professora adjunta no Departamento de Obstetrícia da EPM-Unifesp (Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo).

Foto: divulgação.

Além de tudo isso que a médica citou, os anticorpos, também, passam pelo leite materno, o que reforça, ainda mais, a imunidade do bebê. E segundo a infectologista Ana Paula Alcântara, as vacinas na gestação fornecem proteção passiva aos bebês quando eles ainda não podem ser vacinados. “A gestante imunizada confere proteção, até o recém-nascido evoluir com amadurecimento do seu sistema de defesa imunológico e produzir seus próprios anticorpos. A imunização materna é uma das estratégias de proteção e prevenção a transmissão de infecções para o bebê”, afirma a médica, que também é vice-presidente da Sociedade Baiana de Infectologia e professora da Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública.

Atualmente, 4 vacinas fazem parte do calendário oficial das gestantes no Brasil. A tríplice bacteriana do tipo adulto (dTpa) protege contra difteria, coqueluche e tétano. Ela deve ser tomada após a 20ª semana de gestação. Deve ser repetida a cada gravidez, independentemente, de quando a mulher engravidou a última vez

Já a Hepatite B protege contra a doença de mesmo nome. O objetivo da vacina é evitar que a mulher pegue a doença durante a gravidez e passe para o bebê. “90% dos bebês que são infectados pela mãe durante o parto desenvolvem a forma crônica da doença que pode levar ao câncer do fígado, a cirrose hepática e ao óbito”, afirma a pediatra Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. Para mulheres, previamente não vacinadas, é necessário iniciar o esquema do zero (3 doses), em qualquer momento da gravidez. Quem já tomou alguma dose, só precisa completar; e quem já tomou o esquema completo antes de engravidar, não precisa repeti-lo.

A vacina contra a influenza protege contra a gripe, causada pelo vírus influenza, que pode apresentar quadros graves na gestante. O imunizante é anual, e deve ser tomado em todas as gestações. No caso da vacina contra a covid-19, indicada devido ao maior risco de doença grave na gestante, “na ausência da vacina, há maior risco de internação em UTI e intubação. Apesar da transmissão da covid para o feto e recém-nascido ser rara, quando a mãe apresenta doença grave há maior chance de parto prematuro e óbito fetal”, diz a professora da Unifesp, Evelyn Treina.

O calendário de vacinação segue as recomendações para todas as gestantes; mas em algumas situações, como no caso de doenças crônicas ou risco de epidemias, outras podem ser indicadas, entre elas, contra pneumonia, meningite e febre amarela. De acordo com a infectologista Ana Paula, “as vacinas indicadas na gestação são seguras e eficazes, no entanto, reações adversas leves podem ocorrer, como dor no local de aplicação, febre e/ou sintomas gripais”, explica e alerta. “Contrair uma doença prevenível por vacina durante a gravidez pode ser perigoso para mãe e para o bebê, e trazer riscos como infecções, interrupção da gestação, parto prematuro e, até, a morte da mulher, ainda gestante”, de acordo com a vice-presidente da SBIm.

Neste site dá para saber sobre todas as vacinas que as gestantes devem tomar: https://www.vacinasparagravidas.com.br/.

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