Estado do Nordeste avançou mais na economia no 1º semestre de 2022

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No caso dos dados dos Estados, o IBGE demora cerca de 3 anos. 

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC) é importante medida de acompanhamento econômico, em razão da periodicidade mensal de divulgação e do seu grau de assertividade em relação ao Produto Interno Bruto – PIB.

Na linguagem do economês, o IBC é importante “proxy” para o PIB, em razão de ser uma “prévia” para o principal indicador macroeconômico do país, e sobretudo pelo fato da divulgação do PIB pelo IBGE ocorrer de forma apenas trimestral para o Brasil. No caso dos dados dos Estados, o IBGE demora cerca de 3 anos. Os últimos dados de PIB dos estados são de 2019.

ECONOMIA DO NORDESTE NO 1º SEMESTRE

Os dados da atividade econômica recentemente publicados pelo Banco Central, apresentam que o Nordeste surfa onda de crescimento econômico de 4,58% no 1º semestre, enquanto o Brasil avança 2,24%.

O Nordeste, segundo estimativas do Etene do Banco do Nordeste, tem sua atividade econômica, fundamentalmente, concentrada em três estados: Bahia, Pernambuco e Ceará. Esta trinca de estados detém aproximadamente 63% do PIB estimado do Nordeste para 2022.

O Banco Central, já conhecedor desta dinâmica econômica do Nordeste, e em decorrência da disponibilidade de dados, tem calculado o Índice de Atividade Econômica exatamente para estes três estados.

QUEM NO NORDESTE MAIS CRESCEU ECONOMICAMENTE NO 1º SEMESTRE?

A Bahia, com o seu indicador de atividade econômica IBCR-BA, calculado pelo Bacen, apresentando crescimento de 5,42%, foi o estado que mais cresceu no Nordeste no 1º. semestre de 2022.

setor de Serviços, de maior peso da economia baiana, foi sensibilizado fortemente pelo crescimento da oferta do volume de serviços e das atividades turísticas, que avançaram naquele estado 10,6% e 43,7%, respectivamente.

E O CEARÁ?

A atividade econômica do Ceará, pelo indicador do Banco Central, cresceu 3,84% no 1º semestre de 2022. O resultado reforça a trajetória de crescimento cearense superior ao Brasil.

O volume de atividade de Serviços cearense cresceu 17,6% e as atividades turísticas no nosso estado subiram 61,5%, em razão da flexibilização das medidas restritivas de combate à pandemia, combinada com demanda reprimida, que foram as forças motrizes do crescimento cearense no 1º semestre do ano.

O caro leitor deve estar se perguntando, ora, se o volume de Serviços e as atividades turísticas no Ceará foram maiores que as Bahia, e por que nosso estado não ficou na dianteira da performance econômica no 1º semestre de 2022?

A produção física industrial do Ceará, com queda de 5,1% no 1º semestre, em grande medida, explica esse resultado da performance econômica cearense inferior à baiana. A indústria baiana, que tem maior diversificação e dimensão de produção vis-à-vis aos demais estados nordestinos, registrou importante crescimento de 9,4% nos primeiros seis meses de 2022.

Fonte: Diário do Nordeste

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