Recenseadores pedem demissão no Ceará
Cerca de 517 recenseadores pediram para sair da pesquisa no estado.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou a saída de 517 recenseadores que atuavam no Ceará. Ao todo, mais de 6,5 mil pessoas desistiram da função em todo o País. O órgão abriu nova seleção de vagas temporárias para recenseador e agente censitário, com mais de 6,7 mil vagas.
Conforme o superintendente do órgão, Francisco Lopes, o número de desistentes representa uma quantidade já estimada pela instituição, antes do início dos trabalhos de pesquisa. “Em razão disso, foi feita uma reserva já pensada para o caso de rescisões contratuais entre os 7.348 recenseadores a atuarem no estado”, disse.
Ainda, segundo o superintendente, “a gente precisa ter um quadro de reservas para o caso de desistências, e, em vários municípios, a gente estava com quadro bem pequeno de reserva, explicou”, e complementou. “É uma forma de termos um quadro para emergências que podem acontecer nos municípios”, explica.
O superintendente afirma, ainda, que todas as 517 pessoas que desistiram, já foram cobertas por novos recenseadores. As pessoas aprovadas na nova seleção serão treinadas e convocadas para a função, posteriormente,. Ainda de acordo com ele, “o Censo Demográfico deve ocorrer normalmente, dentro do prazo previsto”, salienta.
Francisco Lopes afirma que os motivos para as desistências são diversos, mas o principal deles é a não adaptação ao trabalho de campo. Este seria diferente do imaginado por grande parte dos concorrentes, ainda durante o processo seletivo. “Uma boa parte pediu rescisão dessa forma. Por ir de casa em casa fazer entrevista e tal, alguns deles não se adaptam a esse sistema de trabalho”, diz ele, apontando os deslocamentos e as abordagens com entrevistados como algumas dificuldades.