Caixa amplia benefício para mulheres

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Entre as ações estão taxas de crédito mais baixas, pausa nos pagamentos de prestações em caso de maternidade ou adoção e isenção de parte das tarifas de produtos do banco público.

A população feminina representa uma parcela do eleitorado, na qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende alcançar, às vésperas das eleições de outubro. A pesquisa Datafolha mais recente indicou que Bolsonaro é visto como o candidato que ‘mais ataca as mulheres’.

Seguindo um pacote de benesses, a ampliação das medidas da Caixa para as clientes foi divulgada em uma entrevista coletiva no Rio de Janeiro com a participação da presidente do banco, Daniella Marques. “Hoje existe uma negligência do setor financeiro em relação à comunicação e ao estímulo às mulheres”, disse Marques.

Ainda, segundo a diretora. “a ideia aqui é abrir e absorver o potencial econômico que a mulher tem. Pela estatística, claramente não está absorvido em produtos financeiros. Isso tem espaço enorme para acontecer”, emendou. O evento marcou o aniversário de um mês do Caixa Pra Elas. O programa foi lançado em agosto com a promessa de ações de acolhimento, orientação financeira e atendimento exclusivo para o público feminino em agências e outros canais do banco.

A instituição indicou que, na modalidade pessoa física, as clientes que contratarem o CDC (Crédito Direto Caixa) terão 5% de desconto na taxa de juros. No consórcio para veículos leves, o desconto é de 10% sobre a taxa de administração.

Foto: divulgação.

O banco anunciou medidas como a isenção de três meses na cesta de serviços da conta corrente, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) com rentabilidade de até 1 ponto percentual a mais do que o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e Seguro Vida Mulher com isenção de pagamento em caso de câncer e indenização em caso de câncer de mama, ovário e útero.

Essas medidas já estão disponíveis, segundo o anúncio. O plano é torná-las permanentes, embora o banco tenha sinalizado que as ações serão reavaliadas de forma constante. A Caixa indicou que espera impacto financeiro positivo com a eventual incorporação de mais mulheres na clientela.

A Caixa diz que, até o final de setembro, o público feminino também contará com a possibilidade de pausa no pagamento por quatro meses na linha CDC, nos contratos de renegociação e no Crédito Pessoal Energia Renovável. A condição será válida, segundo a instituição, em casos de maternidade ou adoção.
Em contratos de financiamento imobiliário, será disponibilizado o pagamento parcial da prestação durante a licença maternidade (75% da parcela por seis meses), com incorporação do saldo devedor, se o contrato estiver inadimplente. Essa ação também deve ser implementada até o final de setembro.

A instituição afirma que gestantes poderão ser beneficiadas com carência de até seis meses para o início do pagamento das prestações na concessão de crédito habitacional SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Daniella Marques assumiu o comando da Caixa no início de julho, em meio a uma crise no banco. Ela substituiu Pedro Guimarães, que deixou a presidência após virar alvo de denúncias de funcionárias por assédio sexual. Guimarães negou as acusações. Desde então, o banco reforçou ações voltadas para mulheres.

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