Mercado reduz previsão de inflação para 5,88%

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Recuo das expectativas de alta do índice oficial de preços para este ano surge em linha com as recentes deflações e mostram a convergência do IPCA para o teto da meta.

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC (Banco Central) reduziram, pela 13ª semana consecutiva, as expectativas para a inflação deste ano. Com a atualização divulgada nesta segunda-feira (26), a previsão atual é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre 2022 em 5,88%.

Há uma semana, o avanço previsto para o índice oficial de preços era de de 6%. Há quatro semanas, a expectativa era de um salto de 6,82% nos 12 meses finalizados em dezembro, segundo as estimativas do Banco Central.

As previsões de alta menor dos preços surgem em linha com a redução da alíquota do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica nos estados — após o governo federal ter zerado o PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim deste ano.

As novas expectativas ainda mostram a convergência da inflação oficial para a meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%).

Ainda assim, o próprio BC já admite que o índice oficial de preços vai furar o teto da meta preestabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) pelo segundo ano seguido, conforme dados apresentados na última edição do RTI (Relatório Trimestral de Inflação). De acordo com o documento, não há possibilidade de a inflação ficar dentro do teto da meta em 2022.

O novo furo do teto da meta também é previsto pelo governo federal, que, na semana passada, revisou para 6,3% a expectativa de inflação para este ano, conforme projeções apresentadas pelo Boletim Macrofiscal, do Ministério da Economia.

Para 2023, a previsão para o índice oficial de preços caiu pela sexta vez seguida, de 5,01% para 5%, aposta ainda acima da meta definida para o ano que vem. Já para 2024 e 2025, as expectativas para o IPCA foram mantidas em, respectivamente, 3,5% e 3%.

Juntamente com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar na chegada de 2023 segue em R$ 5,20. Para os preços administrados, tais como energia e combustíveis e planos de saúde, a expectativa caiu pela 18ª semana e passou para uma queda estimada em 4,42% neste ano, resultado a ser motivado pelo corte de impostos.

Fonte: R7.

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