Censo: recenseadores relatam dificuldade para coletar dados

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Os problemas enfrentados pelos profissionais temporários contratados pelo IBGE para a pesquisa têm chamado a atenção em todo o território nacional.

A pesquisa do IBGE que ocorre a cada 10 anos teve uma ruptura, com sua última edição realizada em 2010, após aquele ano, o trabalho atrasou, por conta da crise sanitária de covid-19, em 2020. Este ano, o Censo Demográfico voltou a ocorrer, porém, as dificuldades dos profissionais temporários contratados pelo IBGE para coletar os dados têm chamado a atenção em todo o território nacional.

Entre as principais queixas dos profissionais estão a falta de aceitação da pesquisa por parte da população e, até mesmo, a não recepção dentro dos domicílios. Tem gente que reclama, até de ser maltratado pelos pesquisados. Nesse contexto, até a primeira quinzena de setembro, 733 profissionais já haviam deixado seus cargos no Ceará.

No início do mês de setembro, cidades como Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Brasília e Icó, no interior do Ceará, chegaram a registrar greve de alguns profissionais que relataram dificuldades em diferentes aspectos, enfrentadas durante o expediente. À época, o IBGE informou que prestou assistência aos trabalhadores que sofreram algum tipo de violência e, “quando necessário, orientações, quanto ao registro da ocorrência junto aos órgãos de segurança pública”, informou o Instituto.

Os recenceadores são servidores públicos federais, ou seja, crimes contra eles estão sujeitos a investigações federais. Segundo o Instituto, os problemas diários dos recenseadores podem estar ainda, afetando o desenvolvimento da pesquisa como um todo. Cerca de 94.302.565 pessoas já foram ouvidas em todo o Brasil. O número é menor que metade da população brasileira, estimada em 215.138 milhões de pessoas. Com aproximadamente o mesmo tempo de pesquisa, em 2010, 80% da população de 190.733 milhões já havia participado das pesquisas. De acordo com dados do IBGE, no Ceará, 19.810 pessoas já foram recenseadas, o que representa 37,8% do trabalho feito.

É possível verificar a identidade dos profissionais do Censo 2022, por meio da Central de Atendimento do IBGE no número 0800 721 8181 ou no site “Respondendo ao IBGE”. Os recenseadores sempre portam crachá, que contém o nome e a matrícula. Este ano, há dois tipos de questionários: o básico, que possui 26 quesitos e é realizado em cerca de 5 minutos; e o ampliado, que tem 77 perguntas, e leva cerca de 16 minutos para ser realizado.

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