Sensores feitos de algodão e a roupa do futuro

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Os novos dispositivos são capazes de monitorar atividades corporais, como respiração e frequência cardíaca, afirmam os cientistas.

Pesquisadores do Imperial College London, na Inglaterra, desenvolveram sensores vestíveis maleáveis que podem ser aplicados em roupas e máscaras de proteção faciais. Esses dispositivos são capazes de monitorar atividades corporais, como respiração e frequência cardíaca.

Segundo os cientistas, esses sensores também podem ser utilizados para o monitoramento de exercícios físicos, qualidade do sono e níveis de estresse, além do diagnóstico e acompanhamento de doenças por meio da respiração e dos sinais vitais dos usuários em tempo real.

“A estrutura flexível das roupas mostra que nossos sensores têm uma ampla gama de aplicações. Eles são relativamente fáceis de produzir, o que significa que podemos escalar a fabricação e implementar uma nova geração de vestíveis em roupas do dia a dia”, explica o doutorando em bioengenharia Fahad Alshabouna, autor principal do estudo.

Fabricado a partir de um novo fio condutor feito à base de algodão batizado de PECOTEX, um metro desse material custa apenas US$ 0,15 (aproximadamente R$ 0,80 na cotação atual). Com essa quantidade, é possível integrar mais de 10 sensores em uma roupa comum.

Além do baixo custo de produção e da maleabilidade de seus fios de algodão, o PECOTEX também é totalmente compatível com máquinas de bordar computadorizadas, utilizadas atualmente como equipamento padrão em indústrias têxteis em várias partes do mundo.

“Com essa tecnologia, conseguimos bordar sensores numa máscara facial para monitorar a respiração, além de uma camiseta capaz de acompanhar atividades físicas e tecidos que detectam gases como amônia, um marcador presente em doenças hepáticas e renais”, acrescenta Alshabouna.

Superiores aos sensores vestíveis atuais que integram relógios e pulseiras inteligentes, os novos dispositivos desenvolvidos pelos pesquisadores possuem fios condutores de eletricidade que podem ser perfeitamente integrados às roupas, sem serem danificados pelo uso contínuo.

Além disso, o material se mostrou extremamente resistente, podendo ser colocado em uma máquina de lavar sem prejudicar sua condutibilidade. Outra vantagem, é que a base de algodão deixa esses fios menos propensos a quebrar em comparação com fios de prata disponíveis no mercado.

“O PECOTEX possui alto desempenho, é forte e adaptável a diferentes necessidades. Ele também é facilmente escalável, o que significa que podemos fabricar grandes quantidades de forma barata, usando máquinas de bordar profissionais ou domésticas”, garante Fahad Alshabouna.

Fonte: Canaltech.

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