Operação Mata Atlântica multa em R$ 200 mil no Cariri
Multas de mais de R$ 1.300.000 foram aplicadas em todo o Brasil.
A ‘Operação Mata Atlântica em Pé’, comandada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela Polícia Federal (PF), embargou mais 125 hectares do bioma, que leva o nome da ação, só no Ceará. Foram aplicadas multas de mais de R$ 1.300.000 em todo o Brasil. No Cariri, nos municípios de Crato e Barbalha, foram cerca de R$ 200 mil em multas.
“Na verdade, essa é uma operação nacional, que ocorre em 17 estados da Federação, onde tem o bioma da Mata Atlântica; e o Ceará, por ter reservas da Mata, faz parte dessas unidades, as quais a operação acontece. Em 18 municípios do nosso Estado foram mais de 750 hectares fiscalizados”, explica o promotor de justiça Thiago Marques, coordenador auxiliar do Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia e Meio Ambiente (Caomace) e titular da 6ª Promotoria de Justiça de Crato.
Conforme Marques, no Cariri, os municípios de Crato e Barbalha receberam agentes do ICMBio e da PF. Segundo ele, houve oito áreas mapeadas, as quais apresentaram informação preliminar de desmatamento. Os dados são de satélites que apontam com alto grau de precisão se está ocorrendo desmatamento nas áreas observadas.
“Das oito áreas com desmatamento nessas cidades, quatro foram autuadas de imediato, ou seja, foi constatado nessas quatro áreas que existiu efetivamente o desmatamento: uma em Barbalha e três no Crato. Sendo aplicada multa inicial de quase R$ 200 mil. Esse valor pode aumentar. Das quatro áreas autuadas, três delas não conseguimos identificar o autor da infração”, destaca o coordenador auxiliar do Caomace.
De acordo com Thiago Marques, em 2021, o avanço do desmatamento na Mata Atlântica foi de 66% em relação ao ano anterior no Brasil. “Um aumento de mais 90% em relação ao biênio de 2017/2018”, afirmou à CBN Cariri. Ainda segundo o promotor, a população pode contribuir denunciando as infrações.
“O ideal é que a população procure os órgãos de fiscalização. Então, as pessoas podem ir até a unidade do Ministério Público da sua cidade e fazer a denúncia, ou procurar o ICMBio. Mas como o MP tem maior presença nas cidades do Estado, procure a sede do MP, os contatos virtuais: whatsApp, e-mail da promotoria do seu município e faça a devida denúncia”, recomendou Marques em entrevista para a CBN Cariri.
Fonte: O Povo.