Ministério da Saúde alerta para o aumento de mortes por febre do carrapato

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A febre maculosa tem feito vítimas, principalmente, na região Sudeste do País.

O Ministério da Saúde divulgou números sobre o avanço da febre maculosa no País e fez um alerta para o aumento de casos e mortes, principalmente na região Sudeste. Quando o clima está seco, por exemplo, há maior incidência de carrapatos. “Por isso, o cuidado deve ser redobrado para aqueles que entram em contato com áreas de mata e até jardins com a probabilidade de existência do artrópode”, diz o alerta. O cuidado com os animais domésticos também precisa ser intensificado, já que podem ser hospedeiros dos carrapatos.

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode apresentar desde as formas clínicas leves e atípicas, até formas graves, com elevada taxa de letalidade. O tratamento deve ser iniciado com antibióticos após o surgimento dos primeiros sintomas para evitar complicações graves, como inflamação do cérebro, paralisia, insuficiência respiratória ou insuficiência renal, que podem colocar em perigo a vida do paciente.

No Brasil, duas espécies dessa bactéria estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa: a Rickettsia rickettsii, registrada no norte do estado do Paraná e nos estados da Região Sudeste; e a Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará).

Este ano, até o dia 22 de setembro, foram confirmados 67 casos de febre maculosa no Brasil, dos quais 26% (18) morreram. As mortes ocorreram nos estados de SP (11), MG (1), RJ (1) e MA (1). Quatro óbitos não tiveram seus estados informados quanto ao local de infecção. No ano passado, foram registrados no País cerca de 233 casos confirmados, com 70 óbitos.

Para melhorar a oportunidade de suspeição da doença e possibilidade de tratamento, capacitações voltadas à rede de vigilância de ambientes da febre maculosa, webinários e materiais para sensibilização dos profissionais da saúde sobre a febre maculosa podem ser consultados na página Saúde de A a Z.

 Em junho, o Ministério da Saúde lançou a publicação “Febre maculosa – Aspectos epidemiológicos, clínicos e ambientais”. Esse manual busca fornecer orientações para os estados e municípios executarem as ações de vigilância, prevenção e controle da febre maculosa no Brasil.

Os principais sintomas da febre maculosa são febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés e gangrena nos dedos e orelhas.

A doença também pode provocar paralisia dos membros, com início nas pernas, chegando até os pulmões, causando parada respiratória. Além disso, com a evolução da febre maculosa, é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, “assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico e deve ser iniciado no momento da suspeita. Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A falta ou demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito.

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