MEC e STF discutem sobre abertura de cursos de medicina

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O ministro Victor Godoy reforça a importância da política de chamamento público para oferta dos cursos de graduação na área.

O ministro da Educação, Victor Godoy e a secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), Diana Azin, estiveram presentes, em uma audiência pública que discutiu a exigência de chamamento público antes da autorização para funcionamento de novos cursos de medicina.

O tema é objeto da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 81 e da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7187, ambas relatadas pelo ministro do Superior Tribunal Federal, Gilmar Mendes.

Durante seu discurso, o ministro Victor Godoy reforçou a importância da política de chamamento público para oferta dos cursos de graduação em medicina. De acordo com o titular do MEC, o número de médicos no País tem crescido significativamente ao longo dos anos. Em 2010, havia cerca de 320 mil médicos no Brasil; hoje esse número é de 546 mil, segundo dados do Conselho Federal de Medicina. Isso equivale a 2,53 médicos por mil habitantes, considerando nossa população atual de 215 milhões de brasileiros, conforme dados do IBGE.

Considerando esse cenário, o MEC reforça que “é de fundamental importância a manutenção da política do chamamento público combinada com o estabelecimento de políticas públicas efetivas voltadas à distribuição dos médicos, pelas quais o Poder Público induz a ampliação de vagas de medicina para as localidades com maior carência desses profissionais e com maior vulnerabilidade social”, informa a pasta.

De acordo com Godoy, o Ministério da Educação tem atuado para aprimorar a política de ofertas de vagas para o curso de medicina. Em abril deste ano, o ministro determinou a retomada do Grupo de Trabalho instituído para coletar subsídios e ouvir aos diversos interlocutores da sociedade interessados no aperfeiçoamento da política de formação médica de regulação dos cursos de medicina. Além das entidades e dos órgãos ligados ao MEC, participam do GT o Ministério da Saúde, o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Associação Brasileira de Educação Médica.

Além disso, o MEC ressalta que “é muito importante pontuar a questão do aumento exponencial de medidas liminares que autorizam a ampliação de vagas e a abertura de novos cursos de medicina. Só nos últimos seis meses, o Ministério já respondeu a 145 ações judiciais, com 65 decisões para cumprimento, o que pode implicar na criação de cerca de 14.500 novas vagas, nos próximos seis anos”.

 

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