Durante o período no qual o País parou por conta da pandemia, o sertanejo estava em baixa e o piseiro era o som que mandava no país. Com isso, alguns dos grupos e artistas perderam uma oportunidade de ouro de faturar com turnês pelo Brasil. Esse fato gerou um desbalanceamento nos cachês pagos a músicos nacionalmente.

Barões da Pisadinha é um exemplo nunca antes visto na história do Brasil. Em março de 2020 eles eram a banda mais ‘explodida’ do Brasil, com inúmeros hits, mas os shows tinham acabado de ser paralisados. Se as apresentações fossem permitidas na época, os Barões teriam um dos maiores faturamentos do ano. Eles sabiam que eram um enorme sucesso, mas isso nunca se reverteu em dinheiro. No primeiro semestre de 2020, o show deles custava 300 mil reais e reinavam soberanos no piseiro.

Estamos na última semana de outubro, e há uns dois meses percebe-se um aumento significativo nos cachês dos artistas de música, entre 30% e 40%. Todos os artistas, de todos os ritmos, aumentaram seus cachês. A resposta é simples: a lei da oferta e da procura. E a demanda ainda reprimida. As Prefeituras de todo país estavam há dois anos sem fazer shows, por estarmos em pandemia e o dinheiro destinado à cultura parado. Quando o mundo voltou, as prefeituras estavam com muito dinheiro público destinado à cultura sem ser utilizado e o público louco para sair de casa.

Ressalta-se também que os artistas nunca fizeram tantos shows como neste ano. Foi muito dinheiro pra todo mundo. Mas, preparem-se senhores artistas, é previsto que esta fase boa só dure até o Carnaval. Depois, tudo voltará ao normal. E muita gente vai sumir do mapa.

Fonte: Metrópoles.