O homem, que não teve o nome divulgado, é suspeito de assédio sexual contra um aluno de 14 anos, em Beberibe, a 75 km de Fortaleza.

De acordo com a mãe do adolescente, que teria sido vítima de assédio, o professor perguntou se poderia fazer uma chamada de vídeo e mostrar “muito mais, além da nota da prova”. As conversas começaram, após o aluno desejar parabéns pelo Dia do Professor e perguntar sobre sua nota, em uma prova. O professor é casado e tem dois filhos.

“Perguntou se meu filho queria ver a forma que o professor acordou, dando a entender que estava excitado. Perguntou se poderia fazer chamada de vídeo, ver algo a mais do que a nota do trabalho. Você não tem nada para me mostrar?”, relatou a mãe sobre as mensagens enviadas ao filho.

Ainda, segundo a mãe, por conta do caso, o jovem está nervoso e com crise de ansiedade. Ele acha que é o culpado da história toda. “O que me dói mais é a insistência dele em conversar com meu filho. Culpar meu filho. O que iria acontecer caso meu filho não tivesse denunciado? Será que ele ia partir para outra coisa? Ele falou para delegada que era brincadeira. Meu filho é vítima e parece que é o culpado de tudo”, afirma a mãe.

A Secretaria Municipal de Educação de Beberibe informou que foi comunicada a respeito do caso e fez os “devidos encaminhamentos para que as autoridades tomassem as providências necessárias”. A Secretaria Municipal de Educação reforçou que o professor foi afastado, como “ato preventivo”.

A mãe relatou que o professor enviou um áudio dizendo que o estudante tinha entendido errado o conteúdo das mensagens e que estava sendo perseguido. “O professor chegou a mandar um áudio para o grupo da sala do meu filho de WhatsApp dizendo que meu filho tinha entendido tudo errado. Que meu filho está exagerando, que ele está sendo perseguido, a escola é vítima? Meu filho na verdade é a vítima. Ele não é o causador disso tudo”, completou.

A mãe diz, também, que o adolescente contou o caso para coordenadores e diretores e, que mesmo assim, o professor continuou ministrando as aulas. Depois da repercussão, a escola chamou os pais do adolescente. O caso é investigado pela Delegacia Municipal de Beberibe.