Da decepção à ‘Glória Eterna’: o 2022 do Flamengo
Equipe terminou o ano com dois títulos importantes e a vaga no Mundial, mas o começo da temporada foi de mais baixos que altos.
O ano de 2022 do Flamengo teve um final muito feliz para a torcida rubro-negra, mas, nem sempre foi assim. Quem acompanhava o time em meados de maio e junho dificilmente acreditava que a equipe estaria comemorando dois importantes títulos agora.
Isso, porque, o primeiro semestre da equipe foi, resumidamente, ‘desatroso’. A começar pela jornada do técnico, na qual houve negativa do ídolo Jorge Jesus e a obsessão por um nome estrangeiro. Veio o português Paulo Sousa e, com ele, a decepção.
No Campeonato Carioca, competição na qual o Fla era franco favorito, a surpresa do vice-campeonato para o maior rival e o trabalho do português começando a ser questionado. Mas foi mesmo no Brasileirão que as coisas começaram a desandar.
Com um futebol abaixo do esperado, visto o elenco que possuía, o Rubro-negro chegou a flertar com a zona de rebaixamento e, na 10ª rodada, quando foi derrotado pelo RB Bragantino, estava na 14ª posição na tabela, Paulo Sousa não resistiu.
Então veio Dorival, um nome bastante questionado naquele momento. E o começo não foi nada animador: três derrotas e uma vitória nos quatro primeiros jogos e quase eliminado da Copa do Brasil.
Mas, a fase ruim acabou aí. Dorival acertou o time. Pedro foi alçado ao 11 titular para fazer dupla com Gabi, que aceitou uma mudança de posicionamento. No gol, Santos chegou e passou confiança, enquanto que, no miolo de zaga, David Luiz e Léo Pereira, este último quase expulso pela porta dos fundos meses antes, formaram uma verdadeira barreira.
Os resultados começaram a vir, o Fla virou a disputa contra o Atlético Mineiro na Copa do Brasil e ganhou moral. Depois de uma derrota para o Corinthians, pelo Brasileiro, foram 19 jogos de invencibilidade e as classificações nas copas.
A janela de transferências do time é considerada uma das maiores da história, com as chegadas de Vidal, Everton Cebolinha, Varela e Pulgar, que elevaram ainda mais o nível da equipe.
Chegou o momento de priorizar e Dorival escolheu a Libertadores e a Copa do Brasil. No Brasileirão, com o Palmeiras disparado, o Fla chegou a esboçar uma concorrência, mesmo com o time reserva em muitos jogos, mas logo viu a diferença aumentar.
E no final, a escolha do comandante pareceu ser a mais correta. O time conquistou a Copa do Brasil, sua quarta, e a Libertadores, sua terceira.
Em números, foram 77 jogos no ano, com 46 vitórias, 16 empates e 15 derrotas, um aproveitamento de 66,7%, com 138 gols marcados e 65 sofridos.
A festa de comemoração que reuniu milhões de flamenguistas, mostrou que o ano pode até não ter começado bem, mas terminou como um sonho, que agora fica maior, com o Mundial 2023 em vista.
Fonte: Lance.