Número de incêndios em rede elétrica cresce 74,01% no CE

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Os dados são do Corpo de Bombeiros, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública

Entre janeiro de outubro deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) atendeu 308 ocorrências de incêndio em rede elétrica em todo o estado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o número representa um aumento de 74,01% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram atendidas 117 ocorrências. De janeiro a dezembro, o CBMCE registrou 215 incêndios em rede elétrica em território cearense.

Entre os principais itens que mais causam incêndios dentro das casas encontram-se ventiladores e ares-condicionados. No entanto, a SSPDS considera que carregadores de celular, extensões elétricas, vazamentos de gás de cozinha, panelas esquecidas ao fogo e velas acesas no interior de residências também devem receber atenção especial.

De acordo com o Anuário Estatístico de Origem de Energia Elétrica, realizado pela Associação Brasileira para a Conscientização dos Perigos da Eletricidade (Abracopel), em 2021, 19 incêndios no Ceará foram ocasionados por sobrecarga na rede elétrica. A mesma associação afirma ainda, que mais de 50% dos incêndios ocorreram dentro de ambientes residenciais e são oriundos de diversas partes da instalação elétrica. 

Nesse contexto, o presidente do Conselho de Arquitetura de Urbanismo do Ceará (CAU-CE), Lucas Rozzoline, afirma que acidentes desse tipo podem ter como elemento inicial o superaquecimento dos condutores elétricos. “Ao danificar com a alta temperatura o revestimento isolante, que geralmente é de plástico, os elementos laterais da instalação podem entrar em combustão e iniciar um incêndio de origem elétrica”, explica.

Dessa forma, o técnico em segurança do trabalho do Grupo Viper, Leandro Rocha, alerta que o fim de ano pode representar um risco maior para que incêndios ocorram, devido às decorações características de festas como o natal. “A rede elétrica sofre uma sobrecarga de energia devido a quantidade de aparelhos elétricos ligados, como pisca-pisca, enfeites de natal elétricos e etc. Muitas vezes, estes enfeites elétricos já vêm sendo usados há alguns anos”, pontua.

O técnico sugere que as decorações de natal sejam mantidas distantes de cortinas, estofados, almofadas e sofá. “Nossas árvores de natal são compostas por plásticos, papel e tecido, por exemplo. Os enfeites são de fácil combustão”, justifica. Além disso, segundo ele, é recomendado que as decorações não fiquem ligadas continuamente. “As pessoas que deixam os piscas ligados 24 horas, aquecem todo sistema de eletricidade dos enfeites. É muito frágil a cobertura deles”, relata.  

Fonte: O Estado.

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