A publicação foi feita no Instagram de Roberto. Entre outras qualidades, o cantor cita a lealdade e inteligência do Tremendão. Também confessa a dor que sente pela perda de seu companheiro de carreira na indústria musical.

Após receber a notícia da morte de Erasmo Carlos, demorou algumas horas para Roberto Carlos se pronunciar. Um dos melhores amigos do Rei do Rock no Brasil faleceu aos 81 anos, dias depois de vencer mais um Grammy Latino. A capacidade artística, a história na música e a cumplicidade marcaram o desabafo/homenagem do intérprete de “Esse Cara Sou Eu”.

“Minha dor é muito grande, nem sei como dizer tudo o que eu penso desse meu amigo querido, meu grande irmão. Meu ídolo por tudo, pela sua lealdade, sua inteligência, sua bondade, por tudo o que eu conheço dele”, escreveu.

Em seguida, Roberto lembra a relação dos dois. O cantor confessa ser um ‘privilégio’ ter vivido ao lado do roqueiro e lamenta a morte do artista, chamando-o com orgulho de ‘amigo’.

” Um ser humano maravilhoso esse meu irmão. É um privilégio para mim ter um amigo, um irmão assim por todos esses anos. Difícil encontrar palavras para falar desse cara: o meu amigo Erasmo Carlos”

Por fim, o Rei se despede com um adeus breve e cheio de fé: “Ele viverá sempre em meu coração. Que o nosso Deus de bondade o proteja e o abençoe sempre. Amém, amém, amém”

Erasmo Carlos e Roberto Carlos tiveram uma das amizades mais intensas em toda história da música brasileira. Sucessos como “Minha fama de mau” e “É preciso saber viver” marcaram essa parceria, mas brigas e conflitos também deixaram a marca nesses longos anos de convivência.

Em 1957, Erasmo fez parte da banda Sputiniks, junto de artistas como Tim Maia, Arlênio Lívio, Wellington Oliveira e Roberto. Porém, depois de uma grande discussão entre Roberto e Tim, o a banda foi desfeita e Erasmo montou o grupo The Boys of Rock, que futuramente viria a se chamar de The Snakes.

No começo deste ano, Erasmo foi um dos convidados especiais do “Domingo Espetacular”, da Record TV, e o Tremendão relembrou da época da Jovem Guarda e de quando conheceu Roberto Carlos, além de detalhar alguns motivos que levaram os dois a brigarem.

“Eu cantei um monte de músicas que já eram sucesso na época e ninguém falou que eram dele também”, explicou.

“Ficamos seis meses sem se falar, mas depois voltamos às boas. E até hoje, a gente só discute na hora das músicas, das composições, mas é tudo coisa de trabalho”.

R.O

Fonte- O fuxico