Polícia investiga tortura contra suspeitos de furtar carnes

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Imagens de segurança registraram momento em que dois homens foram levados para depósito do estabelecimento e agredidos por funcionários.

A Delegacia de Homícidios da Polícia Civil de Canoas, município na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), investiga um caso de tortura dentro de um supermercado da cidade. Dois homens, um deles negro, foram levados para o depósito do estabelecimento e espancados por 45 minutos, após suspeita de terem furtado dois pacotes de picanha do local.

O caso ocorreu em 12 de outubro, segundo as investigações. A polícia ficou sabendo do crime porque um dos homens que sofreu as agressões deu entrada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre com ferimentos graves. Ele apresentou diversas fraturas na cabeça e no rosto, e precisou ser colocado em coma induzido.

Imagens de segurança registraram momento em que dois homens foram levados para depósito do estabelecimento e agredidos por funcionários – Foto: Reproduração

Entre os suspeitos das agressões estão cinco seguranças, o gerente e o subgerente do supermercado. Autoridades de segurança identificaram, por enquanto, dois dos cinco envolvidos nas agressões, mas os nomes não foram divulgados.

Nas imagens que estão espalhadas na internet, é possível ver que ao menos dois homens envolvidos na ação estão armados. Um homem de casaco azul, conduzido pelo segurança, retira um dos pacotes que estavam escondidos na roupa e o entrega ao gerente do supermercado. Nesse momento, ele é agredido com um soco e uma rasteira.

Os dois suspeitos também são ameaçados com um martelo e interrogados, além de levarem chutes e socos.
“O homem negro foi o que mais apanhou, muito na região do rosto. Tem um momento que eles até jogam uma água no rosto dele, porque ele sangrava em abundância”, relatou o delegado Robertho Peternelli.

De acordo com a polícia, 31 câmeras de segurança gravaram o que aconteceu dentro do supermercado e também no depósito onde as vítimas foram agredidas. Os agentes estiveram no estabelecimento para recolher o material, mas perceberam que os arquivos foram deletados logo que entraram no local.

O delegado Peternelli apreendeu o equipamento de gravação, que foi encaminhado para a perícia e, posteriormente, recuperado.

Em nota, a rede de supermercados Unisuper informou que repudia “veementemente qualquer ato de violência ou de violação dos Direitos Humanos” e que está “integralmente à disposição das autoridades para fornecer todas as informações solicitadas”.

A empresa Glock, que presta serviço ao supermercado, disse em nota que só vai se manifestar em juízo. Os advogados do gerente Adriano Dias e do subgerente Jairo da Veiga também disseram que só vão se manifestar em juízo.

Fonte: Metropoles

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