Gerson volta ao Flamengo ainda mais versátil

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Após fazer todas as funções do meio e ainda jogar como ala, centroavante e falso 9 na França, atleta brincou com amigos a respeito da facilidade para atuar em todas as faixas do campo

Gerson disse a frase a amigos ao voltar ao Rio de Janeiro para defender o Flamengo. Apelidado de “Joker” por Jorge Jesus dada a facilidade para ser versátil em campo, o Coringa fez jus à fama especialmente no período em que atuou com Jorge Sampaoli. De ala a centroavante, só não fez as funções de goleiro, zagueiro e lateral-direito.

É verdade que Jorge Jesus escalou Gerson como meia pelos dois lados do campo, mas o ápice dentro do Flamengo foi como segundo volante. Ou seja, o atleta, sempre disponível para ocupar outros espaços do campo, não precisou ser tão coringa assim. No Olympique, multiplicou-se ainda mais.

Gerson iniciou sua vida na França como volante e às vezes fazia a ala esquerda. Começou com alguma dificuldade, mas aos poucos foi se soltando. Logo vieram três convocações com Tite, e o Coringa disputou quatro partidas pela Seleção durante as eliminatórias da Copa do Catar, duas delas como titular.

Curiosamente seu melhor momento no Olympique, atuando como falso 9, acabou o afastando da Seleção, já que Tite dispunha de muitos meias ofensivos e pontas. Nada que freasse seu crescimento na Europa. A mudança de posição veio em 1º de dezembro de 2021, na vitória por 1 a 0 sobre o Nantes, conquistada com um gol dele.

Já atuando avançado, passou a confundir adversários no decorrer das partidas ao se revezar no comando do ataque com Payet. Até o jogo com o Nantes, somava 19 jogos, um gol e duas assistências. Quando transformou-se em falso 9, Gerson marcou três gols e deu três assistências nas 10 partidas seguintes.

– Eu me sinto totalmente confortável na nova função. Tenho liberdade de movimentos e também tenho que atacar espaços. Estou feliz e confiante em fazer uma segunda metade de temporada ainda melhor com o Olympique – afirmou Gerson, em entrevista publicada pelo ge em 9 de fevereiro do ano passado.

Com Gerson confortável em campo e jogador indispensável ao Olympique àquela altura, Sampaoli não se furtou de usá-lo em todas as funções possíveis da ala esquerda ao comando do ataque.

Jogou de primeiro e segundo volante, como camisa 10 e também na função de centroavante. Foi ala quando o argentino usava três zagueiros, baixando para fazer a linha de cinco quando o Olympique era atacado.

Em seu melhor momento na França, relatórios do Olympique apontaram crescimento de Gerson em passes progressivos no campo, especialmente perto da área adversária e para finalizações dos companheiros.

A temporada de 2021/2022 foi a melhor temporada de Gerson na carreira não apenas pelos números – 11 gols (nove no Francês e dois na Liga Conferência), 10 assistências (sete na liga, dois na Copa da França e uma na Liga Conferência) e o vice-campeonato nacional. Foi especialmente por conta de sua transformação dentro do Olympique como protagonista e no cenário internacional.

As grandes atuações e o fato de ter se tornado o segundo jogador com mais participações em gols do atual elenco (a estatística se mantém hoje) o consolidaram como atleta a ser observado por grandes ligas. Recebeu propostas da Premier League, mas o Olympique as recusou.

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