Alexandre de Moraes manda prender a si mesmo
Para muitos brasileiros era a realização de um sonho, mas ainda está se se investigando o que houve no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recebe os mandados de prisão expedidos por juízes de todo o país, onde surgiu tal inusitado mandado de prisão. A hipóteses está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) é de um possível ataque hacker.
O ministro de o Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022, Alexandre de Moraes, é festejado por uns e criticado por muitos. Autor de decisões que são no mínimo controversas, para não dizer inconstitucionais e absurdas, o magistrado ganhou destaque nestas ultimas eleições.
Muitos brasileiros chegaram a pedir a prisão e alguns senadores o impeachment de Alexandre de Moraes. Foi então que na noite desta quarta-feira, 4, o inusitado aconteceu. O Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) recebeu um documento, supostamente enviado pelo gabinete do ministro do STF, que pedia sua própria detenção. A “decisão”, repleta de ironias à atuação do magistrado, evidencia uma provável invasão clandestina do site.
“DETERMINO, por fim, a extração integral de cópias e sua imediata remessa para o Inquérito n. 4.874/DF e de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”, diz trecho do ofício.
A PF e o Conselho Nacional de Justiça investigam se o dono da credencial fez uso de má-fé ou se ela foi roubada ou clonada. A apuração corre em sigilo pelo CNJ e pela Polícia Federal.
O CJN restringiu os acessos ao sistema e solicitou a investigação do caso. Além de um ataque hacker, a hipótese de que algum funcionário tenha acessado o sistema e disponibilizado o documento está sendo apurado. A integridade das demais informações que se encontram na plataforma foram preservadas.