Prefeitura do Rio afasta Monique Medeiros e abre sindicância para apurar irregularidades
O texto cita um artigo do Estatuto dos Funcionários Públicos do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro que trata da suspensão preventiva.
A Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu afastar Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, da Secretaria Municipal de Educação. Monique, servidora concursada, obteve na Justiça o direito a voltar a trabalhar no órgão, mas entrou com um pedido de licença médica de 60 dias.
Após uma perícia técnica realizada pela pasta nesta terça-feira (24), a solicitação foi indeferida. O município também apura irregularidades no preenchimento da folha de ponto da mãe de Henry. Depois disso, a Prefeitura do Rio fez uma reunião à noite e decidiu abrir uma sindicância para investigá-la.
O afastamento consta de um decreto do prefeito Eduardo Paes (PSD) publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (25). O texto cita um artigo do Estatuto dos Funcionários Públicos do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro que trata da suspensão preventiva.
Ré pela morte do próprio filho, o menino Henry Borel, de 4 anos, juntamente com o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, Monique Medeiros pôde, por determinação da Justiça, voltar a trabalhar na Secretaria Municipal de Educação no dia 12 de dezembro.
O retorno de Monique, enquanto responde pelo homicídio triplamente qualificado do próprio filho, causou constrangimento na secretaria.
A prefeitura, por sua vez, optou por tirá-la de qualquer trabalho que pudesse ter relação com crianças, como escolas, e a realocou no setor de almoxarifado.
Mas, pouco mais de um mês depois de retomar às atividades, Monique apresentou atestado médico e pediu o afastamento por dois meses. Assim que o pedido foi feito, o secretário municipal de Educação do Rio, Renan Ferreirinha, questionou o atestado apresentado e informou que Monique teria de passar por uma perícia médica.
A partir da determinação, a mãe de Henry Borel se apresentou na sede da Prefeitura do Rio, onde pegou o documento de encaminhamento para a perícia. Chegou caminhando, vestia tênis, calça jeans e a camiseta da banda australiana AC/DC.
Com o boletim de informação médica, ela se dirigiu ao prédio da Prev-Rio para fazer o exame. Mas a perícia médica não atestou necessidade de afastamento por licença, e Monique teve o pedido negado.
Fonte- G1