Pode faltar ovo no Ceará? Entenda a escassez em vários países do mundo
Segundo o IBGE, o Ceará, no terceiro trimestre de 2022, produziu 60,4 milhões de dúzias de ovos para consumo, o maior volume da série histórica que inicia em 2018
Diversos países pelo mundo estão registrando a falta de ovos nas prateleiras dos supermercados. A escassez está sendo observada nos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal e Nova Zelândia, por exemplo.
Entre os motivos para a falta do produto está um surto de influenza aviária nos Estados Unidos, que já provocou a morte de 44 milhões de aves poedeiras, à alta dos custos dos grãos e da energia elétrica em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia.
MAS PODE FALTAR OVOS NO CEARÁ?
Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa, garante que o Estado possui um número significativo de grandes produtores com um volume satisfatório de produção, de forma que, pelo menos no primeiro momento, não há possibilidades de falta de ovos.
“No Ceará, temos uma quantidade muito boa de granjas, avicultores que estão produzindo ovos em grande escala. Com a falta em outros países, a tendência é que haja mais exportação, mas não deve haver desabastecimento”, tranquiliza.
Ele detalha que o Estado produz quantidade suficiente para abastecer o mercado local e parte da demanda de outros estados do Nordeste.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ceará, no terceiro trimestre de 2022 – dado mais recente disponível, produziu 60,4 milhões de dúzias de ovos para consumo, o maior volume da série histórica que inicia em 2018.
O analista ainda indica que, tendo em vista que o ciclo de produção dos ovos gira em torno de 45 a 60 dias e que contratos de comercialização internacional levam certo tempo para serem fechados, quando a produção passar a ser destinada em maior volume ao mercado internacional o problema já terá perdido força.
“O que pode ter é um aumento no valor dos ovos, que já vem subindo de 15% a 20% nos últimos meses em função da ração, que depende da soja, do milho, e que sofrem influência das exportações, além da importação de fertilizantes”, explica.
Fonte- Diário do Nordeste