Lula lança programa para reduzir filas do SUS; Cerca de 60 mil cearenses aguardam por cirurgias
Serão destinados inicialmente R$ 200 milhões. Lula também fez uma analogia com o Brasil Sorridente, programa criado em 2003 durante o seu primeiro governo.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançaram na segunda -feira (6) no estado do Rio de Janeiro um programa para reduzir filas de cirurgias eletivas, exames e consultas especializadas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Para ter acesso aos recursos, cada estado deverá apresentar um plano de ação, que deve fixar as prioridades conforme a realidade local. Nesse primeiro momento, o foco estará na redução das filas de cirurgias eletivas, principalmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas. Posteriormente, o esforço estará voltado para os exames e as consultas de especialistas.
Em seu discurso, Lula avaliou que o acesso a médicos especialistas é um realidade distante da população mais pobre. “Ele até tem acesso ao centro de saúde para fazer a primeira consulta. Mas quando o médico pede para ele visitar um outro especialista, ele espera oito meses, nove meses, um ano. Às vezes morre sem ter o atendimento”, disse o presidente. ”Nem todo mundo pode pagar um oftalmologista. Parece uma coisa muito distante do pobre”, acrescentou.
Fila de cirurgias no Ceará
Hoje, cerca de 60 mil pessoas aguardam cirurgias eletivas no Ceará – considerando rede estadual e redes municipais. Segundo a Secretaria da Saúde, a fila de cirurgias é dinâmica, pois todos os dias pessoas fazem seus procedimentos e outros pacientes entram na espera. Dessa forma, o tempo de andamento da fila e o número de pacientes têm parâmetros e medidas que oscilam, diretamente relacionados às especificidades de cada caso.
De novembro de 2021 a dezembro de 2022, 30 mil cirurgias eletivas foram realizadas dentro do Programa Plantão Cirurgias 24h, lançado no último trimestre de 2021 pelo Governo do Ceará, por meio da Sesa. O Plantão 24h agilizou a demanda por procedimentos cirúrgicos eletivos represada pela pandemia da Covid-19.
(*) Com informações da Agência Brasil