Jogador cearense relata momentos de drama após terremoto na Turquia

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Número de vítimas do terremoto passa de 22 mil e milhares de pessoas seguem desaparecidas.

Um terremoto, de magnitude 7.8, atingiu a Turquia na última segunda-feira, (6). Tiago Cunha, jogador cearense de 23 anos, que faz pré-temporada no país afetado pelos tremores, relatou, o drama vivido por ele e sua equipe, o Veles Moscow, no país turco.

“Os terremotos foram pela madrugada, eu já estava dormindo. Acordei quando escutei as coisas tremendo dentro do quarto. A água tremia e o videogame também, acordei e notei que tinha algo acontecendo. Durante o segundo tremor, o supervisor do time, junto com a comissão, foram passando nos quartos, batendo nas portas, pedindo para a gente sair do prédio e descer para uma área mais segura”, relatou Tiago.

Quatro dias após a tragédia, as marcas de destruição são vistas em várias cidades do país. A Organização das Nações Unidas estima que número de vítimas possa chegar a 40 mil.

“Estou muito traumatizado. Não pode acontecer nada no quarto que eu me assusto. Às vezes a porta do quarto de cima bate e eu fico achando que já é alguma coisa. Estou muito assustado”, encerrou.

Durante o acontecimento, o maior desafio do jogador, era tentar entender o que acontecia, já que o atleta é o único brasileiro da equipe e não entendia o que seus companheiros falavam.

“Foi uma coisa muito absurda. Eu entreguei nas mãos de Deus, orei e pedi para que tudo ficasse bem. É muito complicado, estou em um time da Rússia, mas não sei falar a língua deles e o maior desafio durante a situação foi conseguir me informar sobre o que estava acontecendo já que eu não conseguia me comunicar. Consegui entender mais ou menos o que acontecia pelo semblante das pessoas que estavam comigo. Assustados, com medo, sem saber o que fazer”, completou Tiago.

As equipes de emergência prosseguiam nesta sexta-feira (10) com as buscas por sobreviventes entre os escombros provocados pelo terremoto que afetou a Síria e a Turquia na segunda-feira, um dos mais devastadores em décadas na região, com um balanço provisório de 21.700 mortos.

Fonte: Diário do Nordeste

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