Gaeco investiga lavagem de R$ 23 milhões em igrejas no Ceará e outros estados
A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.
Uma operação de âmbito nacional, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) nesta terça-feira (14), combate a lavagem de dinheiro de uma facção criminosa de origem paulista, proveniente do tráfico de drogas. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido no Ceará.
O Ministério Público do Ceará (MPCE), que dá apoio ao MPRN na Operação Plata, detalha que o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriu um mandado, em Fortaleza, “contra um alvo ligado ao que é considerado o número dois de uma facção criminosa com capilaridade nacional e internacional”.
No Ceará o alvo do mandado de busca e apreensão é uma mulher, filha de um dos operadores financeiros da facção paulista. Na residência onde ela mora, os promotores de Justiça apreenderam documentos que comprovam a relação dela com o chefe da facção e aparelhos celulares, além de reterem o documento de um veículo de luxo, da marca BMW.
A Operação Plata tem como objetivo apurar a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de integrantes de facção criminosa. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.”
Em nota o Ministério Público do Ceará esclarece
Sete igrejas evangélicas sediadas no Rio Grande do Norte e uma em São Paulo teriam sido construídas com dinheiro do tráfico de drogas, segundo as investigações.
Ao todo, são cumpridos 7 mandados de prisão e 43 mandados de busca e apreensão, nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraíba e no Distrito Federal.
Além do Gaeco do MPCE, a Operação teve o apoio da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, dos Ministérios Públicos dos Estados onde ocorreram cumprimentos de mandados e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Ao todo, participaram nacionalmente do cumprimento dos mandados 48 promotores de Justiça, 56 servidores e 248 policiais.
Fonte: PortalGCMais