Não deixe o samba morrer

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Quando se trata de gastar dinheiro público com festas, sempre vamos ter opiniões diversas e adversas. De um lado tem aqueles que consideram uma forma justa de permitir com que o povo se divirta, afinal de contas, de todo modo, é dele que sai o dinheiro e, muitas vezes, o lazer não está dentro de suas condições financeiras. Por outro lado, os mais esclarecidos veem o velho e conhecido Pão e Circo.

O fato é que sempre haverão os críticos. Todavia, se me permitem dizer, estando sempre aberto a divergência, o Carnaval faz parte da cultura e do costume do povo brasileiro como um todo. Logicamente, Sobral não poderia ser diferente.

O tradicional Bloco dos Sujos, por exemplo, que neste ano teve como atração o artista baiano Carlinhos Brouwn, está completando 75 anos de muita alegria, criticidade e irreverência. Sim, o Carnaval é o ópio do povo.

Todavia, o que causa certa decepção neste ano é o desfile das escolas de samba de Sobral. Lógico que jamais poderemos comparar com os desfiles famosos do Rio de Janeiro e São Paulo, mas é notório que mexia com as comunidades dos bairros sobralenses e era bonito vê a face de felicidade do povo de Sobral desfilando na avenida.

Entretanto, me parece que não houve um verdadeiro e real incentivo da prefeitura e de seu setor de cultura para que ele ocorresse. O que me parece uma prova fática é que apenas uma escola irá desfilar.

Espero que a PMS não deixe o samba morrer e que possamos voltar a ter grandes desfiles, guardada as proporções, como antigamente quando chegaram a desfilar até 7 escolas de samba. Só lembro de uma coisa: “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é.”

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