Em tratamento de um câncer de cólon, Preta Gil segue na luta contra a doença. Depois de alguns ciclos de quimioterapia, ela fala sobre os desafios do tratamento, o que foi mais difícil nesses primeiros meses da doença e sua perspectiva ao longo do tratamento.

Neste domingo, 12 de março, a cantora deu uma entrevista ao “Fantástico”, Globo, na qual falou desse momento da vida e da superação, que para ela é algo dado como certo. A princípio, lembrou como enxerga a situação:

“Fui muito resignada. Entendi desde o primeiro momento que a vida estava me dando um sinal de alguma coisa. Nunca entendi que era algo que ia me derrubar, entendi que era algo que iria me transformar. Sou uma mulher de muita fé e acredito que foi um presente divino para eu parar”.

Em seguida, a cantora destacou as dificuldades do tratamento. Para ela, o fato de não poder se apresentar no Carnaval da Bahia foi um deles. Se ver em uma cama de hospital foi outra complicação:

“São vários os desafios e dificuldades. Ser uma mulher produtiva, com 48 anos, nova, na véspera de um Carnaval, entender que você tem que parar, que não tem opção. Foram sete dias no hospital. Quando veio o resultado, virou uma coisa de consternação, de comoção”.

Para a cantora, também foi difícil entender que estava na hora de ela receber apoio, em vez de só apoiar quem está ao seu redor. Quando se viu cercada de amigos e familiares, a cantora percebeu seu novo momento de vida:

“Vi meus amigos entrando na minha casa para me abraçar. E eu tinha dificuldade com esse amor tão genuíno, de que agora eu precisava de colo. […] Esse câncer está curando feridas que eu nem imaginava que eu tinha”.