Barbáries de Sobral

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Os idealizadores da imaginária modernização da cidade de Sobral tiveram a idiota ideia de transformar o nosso rio num piscinão de águas imundas, comprometendo todo o ecossistema e roubando dos moradores o prazer de desfrutarem de um espaço propício ao lazer e, também, à existência de diversas espécies de cardumes, que contribuam com o alimento dos ribeirinhos mais necessitados. No passado, quando víamos imagens do rio Tietê e de outros importantes rios que foram mortos pela degradação de poluentes, não imaginávamos que um dia poderíamos ter uma “maluco” dotado de projetos ridículos, tencionando fazer do nosso principal manancial uma lagoa de estabilização.

A lagoa em que o rio foi transformada, representa o maio blefe de toda a história das gestões sobralenses. E o mais absurdo de tudo isso, é que o povo fez dão lugar um novo cartão postal e até hoje aplaude o autor do absurdo. Como se não bastasse a tragédia, acrescentaram a ela um elefante branco denominado de Museu Madi, o qual serve apenas para coito de desocupados e de criatório de piabas, quando o rio está volumoso.

O crime ambiental e a aplicação indevida de recursos públicos, foram apadrinhadas pela Semace e hoje, ignorada pela AMMA, órgão que se diz responsável pela defesa e proteção do meio ambiente, mas que na verdade não passa de um organismo de fachada. Queira Deus, ainda tenhamos um gestor capaz de desfazer essas barbáries e recuperar o meio ambiente sobralense, devolvendo o rio ao seu ecossistema e ao povo que tanto o ama.

Editorial do Jornal Paraíso – Edição 27/03/2023

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