Blumenau decreta férias para reforçar segurança após ataque em creche
Prefeitura vai contratar equipes privadas e reforçar rondas escolares.
As escolas municipais de Blumenau, em Santa Catarina, estão em período de férias a partir desta segunda-feira (10). As atividades serão retomadas no próximo dia 17. A prefeitura quer ganhar tempo para contratar empresas de segurança privada para atender todas as unidades de ensino da cidade. Na rede estadual, a promessa é de mais viaturas e policiais militares nos arredores dos prédios.
A decisão foi tomada depois que um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor e matou quatro crianças. Ele continua preso preventivamente. O Ministério Público de Santa Catarina e o serviço de segurança diplomática dos Estados Unidos estão trabalhando de forma conjunta nas investigações do caso.
Uma missa em homenagem às vítimas vai ser realizada na Catedral São Paulo Apóstolo nesta segunda-feira, às 19h. Os organizadores pedem que os participantes usem roupas brancas, como símbolo de pedido de paz.
Em Joinville, também em Santa Catarina, o professor da rede estadual que manifestou apoio ao atentado foi afastado das salas e será monitorado por tornozeleira eletrônica. A denúncia foi feita por alunos, e o suspeito que será investigado por apologia ao crime – está proibido de se aproximar de qualquer colégio, seja público ou privado.
Já em São Paulo, as aulas na escola estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste da capital paulista, são retomadas com foco no apoio psicológico aos alunos e funcionários. O retorno ocorre duas semanas depois de um adolescente de 13 anos invadir o local com uma faca, matar uma professora e ferir outras cinco pessoas.
Enquanto isso, representantes de plataformas digitais vão se reunir com o grupo de combate à violência nas escolas, no Ministério da Justiça, em Brasília. O objetivo do encontro é criar um protocolo de ação entre redes sociais e aplicativos de mensagens com órgãos de segurança pública.
No fim de semana, o governo federal solicitou a exclusão de 162 contas no Twitter e no TikTok que veiculavam conteúdos relacionados a ataques contra escolas. Os autores das postagens são investigados.
Também foram cumpridos mandados de busca, com a apreensão de sete armas e a prisão de um suspeito. Um canal de denúncias já está no ar; é o mj.gov.br/escolasegura.
Fonte: Band