Poupança segue como a queridinha dos brasileiros, embora não dê o melhor retorno

Compartilhe

A caderneta de poupança recebe aplicações de 23% da população; apesar do baixo risco, retorno também é pífio.

Um terço dos brasileiros investe em produtos financeiros, sendo que a poupança permanece como a queridinha, recebendo aplicações de 23% da população. É o que revela a 5ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Apesar de ser a aplicação preferida dos brasileiros, a caderneta de poupança está longe de ser uma boa opção, quando o assunto é retorno financeiro.

“A poupança é uma opção de investimento conservadora e de baixo risco. É uma forma de guardar dinheiro e receber um rendimento mínimo. A poupança tem um rendimento baixo e fixado em 0,5% ao mês mais a TR (Taxa Referencial), que atualmente é zero. O rendimento é creditado na conta do investidor mensalmente”, comenta Luciana Maia Campos Machado, superintendente acadêmica e professora de Finanças da Faculdade Fipecafi.

Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, lembra que, por conta da Lei 12.703 de 2012, toda vez que a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a poupança renderá 70% do CDI, e toda vez que estiver acima de 8,5%, como agora em que está em 13,75% ao ano, renderá 6% ao ano + TR que hoje está em zero. “Por isso, a maioria das aplicações é bem mais rentável que a poupança, ainda que esta seja isenta, pois, com uma Selic em 13,75%, a maior parte das aplicações em renda fixa está rendendo o dobro da poupança e, por isso, é vantajoso migrar para opções que paguem 100% do CDI (Certificados de Depósitos Interbancários, títulos emitidos pelos bancos como forma de captação ou aplicação de recursos excedentes) ou aplicações prefixadas acima da Selic”, aconselha o especialista.

Sena destaca ainda que é fundamental o investidor atrelar o objetivo que ele tem para o dinheiro com o tipo de produto que será escolhido no mercado financeiro. “Caso o objetivo seja de reserva de emergência, o ideal é buscar títulos com liquidez diária e com uma rentabilidade atrelada a algum índice prefixado, por exemplo. Outro ponto para o investidor observar é a variação e a expectativa da taxa de juros, porque isso afeta diretamente a rentabilidade dos títulos de renda fixa”, avalia o especialista.

O ideal, concorda a professora Luciana, é o investidor pensar em uma diversificação, mesmo quando falamos de renda fixa. “Para uma reserva de emergência, recomendam-se títulos pós-fixados, que acompanham o comportamento de mercado e são mais conservadores. Já para parte do investimento com menos necessidade de liquidez, pode-se pensar em títulos pós-fixados ou híbridos. Mantendo a diversificação de portfólio, em uma eventual necessidade de resgate, é possível tomar uma decisão mais acertada, sem perda do principal investido”, enfatiza Luciana.

É um título emitido por bancos para captar recursos de investidores. Ao investir em um CDB, o investidor empresta dinheiro ao banco e recebe uma remuneração em forma de juros. O CDB pode ser prefixado, com uma taxa de juros fixa, ou pós-fixado, com uma taxa de juros atrelada a algum índice, como o CDI.

É um título emitido por bancos para captar recursos destinados ao financiamento do agronegócio. Assim como o CDB, a LCA é um empréstimo feito pelo investidor ao banco, com remuneração em forma de juros. A LCA é isenta de Imposto de Renda para pessoas físicas.

É um título emitido por bancos para captar recursos destinados ao financiamento do setor imobiliário. Assim como o CDB e a LCA, a LCI é um empréstimo feito pelo investidor ao banco, com remuneração em forma de juros. A LCI também é isenta de Imposto de Renda para pessoas físicas.
É um programa do Tesouro Nacional que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos federais pela internet. Existem diferentes tipos de títulos públicos, com características distintas, como:

  1. Tesouro Selic: é um título pós-fixado que rende de acordo com a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia. É um título indicado para quem quer investir a curto prazo e tem baixa tolerância ao risco.
  2. Tesouro IPCA: é um título híbrido que combina uma taxa de juros fixa com a variação da inflação. É um título indicado para quem quer proteger seu investimento da inflação e investir a médio ou longo prazo.
  3. Tesouro Prefixado: é um título que oferece uma taxa de juros fixa definida no momento da compra. É um título indicado para quem quer saber exatamente quanto vai receber no futuro e tem um horizonte de investimento definido.
  4. Tesouro Prefixado com Juros Semestrais: é um título similar ao Tesouro Prefixado, mas com pagamentos de juros semestrais. É um título indicado para quem precisa de uma renda regular.

Fonte: Terra

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content