PF faz operação contra CACs com mandados de prisão em aberto

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A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (4) uma operação contra colecionadores, atiradores e colecionares (CACs), assim como possuidores de armas de fogo em geral.

Os agentes cumprem mandados de prisão preventiva, temporária e definitiva em todo o território nacional.

Segundo o ministro da Justiça, os alvos da operação são CACs que ainda não preencheram os requisitos legais de idoneidade para ter armas de fogo, que estão sendo apreendidas.

Segundo a PF, até as 10h desta quinta, foram cumpridos 26 mandados de prisão preventiva e realizadas três prisões em flagrante. Um dos presos estava com mandado de prisão em aberto. Assim, foram presos 28 integrantes da organização criminosa até agora.

Os policiais apreenderam até o momento 12 veículos, armas, drogas e joias. Três pessoas seguem foragidas.
O prazo para o recadastramento de armas de fogo no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, terminou nessa quarta-feira (3). Até terça (2), 911.296 armamentos tinham sido inseridos na plataforma (97,65%), de um total de 933.233 itens, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

De acordo com a PF, estão sendo adotadas medidas de apreensão cautelar de armamentos e documentos encontrados para posterior processo de cassação de porte ou registro de arma de fogo, além de comunicação ao Exército, para cassação das autorizações concedidas aos CACs.

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos simultaneamente no Paraná (21), no estado de São Paulo (19), em Santa Catarina (32), em Mato Grosso do Sul (6), no Espírito Santo (1), em Mato Grosso (1), em Goiás (1) e no Rio de Janeiro (1).

Os presos estão sendo conduzidos às unidades da PF em todo o país e, em seguida, serão encaminhados ao sistema prisional dos respectivos estados.

A PF informa ainda que, no decorrer do dia, vai divulgar um balanço com os resultados da operação.

A intenção da pasta, com o fim do recadastramento, é finalizar uma nova regulamentação sobre o tema. Com regras sobre compra de armamentos, obtenção de posse ou porte e funcionamento de clubes de tiro.

Lula revogou, logo no primeiro dia do mandato, as legislações criadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que flexibilizavam o acesso a armas de fogo no Brasil.

A princípio, o período de registro dos armamentos seria de 1º de fevereiro a 30 de março, mas o governo federal resolveu estender o intervalo. Na época da prorrogação, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ligada ao ministério, argumentou que o novo prazo considerou o tamanho do território brasileiro e as peculiaridades de cada região, para garantir “melhor adequação”.

O decreto de Lula também suspendeu os registros para aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs).

Agora, todas as armas de fogo em posse de civis no país, tanto de uso permitido quanto de uso restrito, devem ser recadastradas no Sinarm, ainda que estejam registradas em outros sistemas.

Fonte: R7.Com

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